segunda-feira, 5 de março de 2018

Primorosa, "Malhação - Viva a Diferença" honrou seu subtítulo e será eternamente lembrada pelo conjunto de qualidades

Assim que estreou, no dia 8 de maio de 2017, "Malhação - Viva a Diferença" deixou a melhor das impressões. Pela primeira vez na história do seriado adolescente não havia um casal protagonista e, sim, cinco meninas totalmente diferentes que se conheceram em um vagão de metrô, inciando um laço futuramente indestrutível graças ao parto de uma delas. O nascimento do pequeno Tonico (Danilo Castro de Souza), ao som de Trem Bala (cantada por Ana Vilela), marcou o primeiro capítulo, arrebatando o público imediatamente, que logo se apaixonou pela forma como o quinteto central se conheceu. Uma promissora fase se anunciava.


E a promessa de uma grande história acabou sendo cumprida ao longo dos meses. A estreia de Cao Hamburger como autor solo na Globo se mostrou a melhor possível, após brilhantes trabalhos na TV Cultura, como o icônico "Castelo Rá-Tim-Bum" (1994/97), "Um Menino Muito Maluquinho" (2006), "Pedro & Bianca" (2012) e "Que Monstro Te Mordeu?" (2014). O escritor até já tinha trabalhado na Globo escrevendo a série "Cidades dos Homens", em parceria com outros roteiristas, entre 2002 e 2005, além de ter sido redador dos infantis "Disney Club" e "Disney Cruj" (1997 - 2002) no SBT. Acostumado a escrever para crianças, ele mostrou ter total habilidade para representar o mundo jovem e construir adolescentes reais, sem fantasiar ou fugir de temas mais densos.

Além da ousadia em ter cinco meninas protagonizando seu enredo e não um casal, Cao ainda trouxe a trama para São Paulo, após 24 temporadas tendo o Rio de Janeiro como ambientação. Essa mudança pode parecer boba, mas ajudou bastante para ''oxigenar'' o formato, principalmente através de vários diálogos tendo gírias paulistas sendo usadas, como o termo "treta" para se referir a brigas, pouco utilizada pelos cariocas.
E focar nos dramas individuais de cada protagonista se mostrou outro trunfo e tanto, priorizando também os momentos de todas juntas, lidando com os problemas e se ajudando. Os casais ficaram em segundo plano, mas não deixaram de ter importância. Os romances tiveram bastante espaço no roteiro, valorizando a química entre vários atores.


A direção de Paulo Silvestrini foi mais um ponto positivo dessa "Malhação", extraindo o melhor do elenco repleto de jovens talentos. O diretor ainda conseguiu transmitir toda a sensibilidade que o texto pedia em várias situações, produzindo cenas delicadas que marcaram a temporada ao longo dos meses. Mas os momentos de ação não ficaram atrás e também foram dirigidos com competência, parecendo reais, vide o acidente de moto de Anderson (Juan Paiva) e o espancamento de Gabriel (Luis Galves) e Felipe (Gabriel Calamari). A trilha sonora não pode ser esquecida, pois complementou todas as sequências de forma irretocável, sendo necessário aplaudir a seleção de extremo bom gosto da equipe. "In Between Days" (The Cure), "Casa Pronta" (Mallu Magalhães), "Casinha Branca" (Roberta Campos), "Fly" (Eric Silver) --- tema de Benê e Guto ---, "My Own Deceiver" (Ego Kill Talent), "Trem-Bala" (Ana Vilela) e "Bate a Poeira" (Karol Conká) --- tema da ótima abertura --- são alguns exemplos.


A forte amizade entre Lica (Manoela Aliperti), Keyla (Gabriela Medvedovski), Ellen (Heslaine Vieira), Tina (Ana Hikari) e Benê (Daphne Bozaski) norteou o roteiro e encantou do início ao fim. O telespectador viu todas amadurecerem ao longo desses onze meses, precisando lidar com vários problemas e dilemas de qualquer adolescente, incluindo as inúmeras diferenças que tinham tudo para separá-las, mas acabaram as unindo mais. Cao acertou em explorar o enredo de cada uma separadamente, iniciando e fechando ciclos durante a temporada, renovando sempre os conflitos e inserindo temas importantes para serem debatidos através de perfis extremamente ricos e bem construídos. Não faltou assunto na trama e ficou visível que ainda havia fôlego para ao menos mais uns dois meses no ar ---- a fase acabaria em junho, como quase todas as anteriores, e lamentavelmente foi encurtada por causa da Copa do Mundo (justificativa bem controversa).


Keyla viveu a gravidez na adolescência e sua parceria com o íntegro e sofrido Tato (Matheus Abreu) resultou em um ótimo casal, sendo necessário destacar o impagável Roney (Lúcio Mauro Filho) compondo essa família inusitada. Até mesmo o fofo Danilo Castro parecia entender as cenas, transmitindo as emoções de Tonico. Tina representou a dificuldade em lidar com o preconceito racial e social da mãe, Mitsuko (Lina Agifu), que não tolerava o seu namoro com Anderson, resultando em várias discussões feias. Ellen também passou por uma avalanche de preconceito quando ganhou uma bolsa no colégio particular administrado pelos ambiciosos Edgar (Marcello Antony) e Malu (Daniela Galli), mas conseguiu vencer o medo graças a Jota (Hall Mendes), amigo igualmente nerd e apaixonado por computação, que virou seu namorado. E Benê sempre precisou lidar com seu jeito diferente de ser e sua dificuldade de sociabilização acabou amenizada graças ao novo laço de amizade com as quatro amigas que conheceu no metrô e com Guto (Bruno Gadiol), que depois de muito tempo e convivência virou seu fixante/namorado.


Já Lica foi a protagonista que mais enfrentou reviravoltas em sua vida. Inconsequente e típica adolescente rebelde, protagonizou vários embates com o pai, levando até uma bofetada dele em pleno pátio da escola. Nunca tolerou a madrasta, Malu, desde que descobriu o caso dela com Edgar, culminando no término do casamento do diretor do colégio com Marta (Malu Galli). Apesar de sempre cultivar um relacionamento melhor com a mãe, também teve suas diferenças com ela, principalmente quando mergulhou no mundo das drogas, lícitas e ilícitas. A menina exagerou no álcool, fumou e ainda quase morreu durante uma overdose, após uma de suas muitas festas realizadas em seu apartamento de luxo. Teve uma relação de idas e vindas com o gente boa Felipe (Gabriel Calamari), mas iniciou esse relacionamento de forma equivocada: o usando para magoar Clara (Isabela Scherer), quando descobriu que a então melhor amiga já sabia do caso dos pais e que eram na verdade irmãs.


A filha de Marta ainda foi uma das responsáveis pelo rompimento mais grave da amizade das 'five', uma vez que beijou Deco (Pablo Morais) em uma balada, sem se importar com o fato do rapaz ser o pai de Tonico e, na época, fruto da paixão da amiga. A descoberta dessa traição acabou gerando uma briga generalizada, expondo em cadeia as mágoas acumuladas de todas as protagonistas. Lica também se descobriu bissexual ao longo da trama, iniciando uma deliciosa relação com Samantha (Giovanna Grigio), menina tão atirada e bem resolvida quanto ela. O casal lésbico logo ganhou torcida e o autor soube desenvolvê-lo com coragem e competência, não se privando de momentos delicados e bonitas cenas de beijo. Os pares "Gunê", "Jottellen", "Keyto" e "Limantha" conquistaram o telespectador e vale citar o casal "Felica", na época em que Lica esteve com Felipe.


Mas a temporada também teve espaço de sobra para os coadjuvantes, tão bem construídos quanto os principais. As periguetes K1 (Talita Younan) e K2 (Carol Macedo) se destacaram desde o começo e mesclaram bem vilania, humor e drama. As duas eram cruéis com Benê e nunca perdoaram a gravidez de Keyla (que era a K3 no passado). Aos poucos, porém, foram se mostrando humanas e tendo seus conflitos explorados. Katerine era assediada sexualmente pelo padrasto e esse conflito foi um dos melhores da trama, destacando o talento da atriz. Katiane, por sua vez, foi ficando mais obsessiva por Tato, criando até uma falsa gravidez para "prendê-lo" e tirá-lo de Keyla. Além delas, é preciso citar o inconsequente e boa praça MB (Vinicius Wester), namorado de K1, que acabou fugindo dos problemas familiares envolvendo o pai corrupto bebendo cada vez mais. O alcoolismo dele, todavia, foi abordado de forma superficial e merecia mais ênfase. O tímido Juca (Mikael Marmorato), o descolado Fio (Lucas Penteado) e o dúbio Moqueca (Felipe Hintze) foram outros excelentes tipos da história. Até mesmo os pequenos Davi Souza (Julinho) e Julie Kei (Telminha) brilharam. Já a chegada de Luis Galves, vivendo o corajoso Gabriel, engrandeceu ainda mais o time na reta final, valorizando a questão em torno da homofobia.


Os atores mais experientes não ficaram muito atrás dos jovens. Tiveram um espaço merecido, sendo peças fundamentais para o andamento do roteiro. Lina Agifu foi um dos maiores destaques na pele da dúbia Mitsuko, médica extremamente ética e responsável, mas ao mesmo tempo racista e com preconceito social. Os embates entre ela e Tina eram ótimos, valorizando as intérpretes. A descoberta de um câncer na reta final acabou sendo um bom clichê para humanizá-la um pouco mais, melhorando a sua relação com as filhas e o marido (Noboru - Carlos Takeshi, muito bem). Ana Flávia Cavalcanti e Mouhamed Harfouch formaram um adorável casal e os educadores Dóris e Bóris esbanjaram sintonia em cena, protagonizando várias cenas excelentes. O já citado Lúcio Mauro Filho fez um carismático Roney Romano, enquanto Aline Fanju emocionou e divertiu com sua alegre Josefina, mãe de Benê e Julinho ---- formando um entrosado par com Roney. Daniela Galli defendeu com talento a odiável Malu, Marcello Antony convenceu como Edgar, Roberta Santiago se saiu bem como Lena e Ju Colombo encantou com a simpática Das Dores. Ed Lopez Dassilva teve poucas falas, mas fez de Valdemar um tipo hilário. E Malu Galli é sempre um nome que engrandece qualquer elenco --- sua íntegra Marta foi apaixonante.


Os inúmeros temas relevantes também merecem menção. Todos usados em prol do roteiro, evitando uma abordagem panfletária e chata. A valorização do ensino público foi exposto com maestria através da escola Cora Coralina, que enfrentou muitos percalços, como falta de recursos, superlotação, alunos inconsequentes (vide a entrada de Dogão - Giovanni Gallo), entre outros problemas. A questão da escola particular mereceu espaço, havendo um paralelo interessante com a pública, principalmente quando Malu e Edgar resolveram priorizar os lucros, deixando de lado a qualidade do ensino. O racismo teve um tratamento primoroso através de Fio, Ellen e Anderson, enquanto o assédio sexual ganhou contornos densos com o drama de K1. A homofobia em torno de Gabriel mereceu outra boa abordagem, assim como o preconceito em cima da relação de Lica e Samantha. A dificuldade que uma gravidez na adolescência provoca na vida de uma estudante foi outro acerto --- além das questão com a obesidade. Enfim, não faltou importante assunto no enredo.


Entretanto, nem tudo foi perfeito. A trama teve algumas falhas que precisam ser citadas. A Síndrome de Asperger, grau leve de autismo sofrido por Benê, não teve o tratamento adequado. A explicação para essa diferenciação da personagem só veio na última semana, quando a menina contou para o preconceituoso pai o que ela tinha ---- em uma cena emocionante e irretocável de Daphne Bozaski. Guto e suas melhores amigas, por exemplo, ficaram sem saber. Todas essas cenas seriam ótimas, mas acabaram não acontecendo. O excesso de foco no triângulo Keyla, Tato e Deco cansou e durou mais do que deveria. Poderiam ter explorado mais a morte da mãe da menina, pois o público só ficou sabendo um pouco da característica da finada esposa de Roney no penúltimo capítulo, quando Aldo deu o violão dela para a nora. O alcoolismo de MB, como já mencionado, acabou na superficialidade e merecia ser melhor desmembrado ---- a tentativa de suicídio do personagem na última semana, por exemplo, resultou em uma cena ótima; todavia, ganharia maiores contornos caso essa questão tivesse um foco maior. A automutilação de Clara (Isabela Scherer) foi outro caso que ficou devendo. Ela sofria nas mãos de Malu e começou a se ferir para 'se punir', mas a situação ficou em voga apenas por alguns dias, sumindo logo depois.


Apesar desses deslizes, o conjunto se mostrou muito feliz. E a reta final se mostrou repleta de ação e emoção, honrando tudo o que foi apresentado desde a estreia. O penúltimo capítulo, com Benê em pânico diante de um incêndio provocado por mascarados intolerantes no Cora Coralina, tirou o fôlego de quem assistia, resultando no melhor gancho da temporada. Já o último capítulo primou pela emoção com o resgate de Benedita e o parto de Dóris, realizado pelas cinco protagonistas, relembrando o primeiro encontro emblemático das 'five' na estreia dessa saga apaixonante. Keyla dessa vez não estava parindo e, sim, ajudando Lica, Benê, Ellen e Tina, que viraram novamente "médicas" por alguns minutos, trazendo os gêmeos da diretora à vida. Todos os diálogos e movimentos eram iguais ao do primeiro capítulo. Impossível não ter se arrepiado vendo.


O pedido de desculpas de Mitsuko a Anderson também emocionou, destacando Lina Agifu, Ana Hikari, Juan Paiva, Ju Colombo, Carlos Takeshi e Roberta Santiago. Já o soco que Bóris deu em Edgar e a humilhação pública de Malu lavaram a alma do público, assim como o momento em que Lica humilhou o pai. Vale citar ainda as lindas cenas de beijo dos casais da trama, expondo a química entre Benê e Guto, Jota e Ellen, Keyla e Tato, e Lica e Samantha. O abraço que Benê deu em Josefina foi outro instante sensível, valorizando Daphne Bozaski e Aline Fanju. A sequência final fechou a temporada com chave de ouro, mesclando emoção e nostalgia. O diálogo das cinco protagonistas, após uma passagem de tempo, sensibilizou e a entrada do quinteto na última balada da trama foi arrebatador. Um misto de alegria e tristeza se fez presente. Era o fim, infelizmente.


"Malhação - Viva a Diferença" foi um marco na história da trama adolescente. Um verdadeiro divisor de águas. Cao Hamburger, Paulo Silvestrini e toda a equipe (incluindo os roteiristas Mário Vianna, Jaqueline Vargas, Bruno Lima Penido, Luciana Pessanha, Vitor Brandt, Renata Martins, Charles Peixoto e Carolina Ziskind) estão de parabéns pelo êxito desse trabalho. Sucesso de público e crítica ---- a média de 21 pontos é a maior desde 2008 ----, a temporada revelou vários talentos promissores, abordou vários assuntos com propriedade, emocionou, divertiu, e conquistou através de um enredo que priorizou a força da amizade e as peculiaridades de cada um, com direito a qualidades e defeitos. Foi fácil se identificar com todos aqueles personagens tão bem construídos e cativantes. Uma história que fez a diferença e jamais será esquecida.


37 comentários:

Chaconerrilla disse...

Oi Zamenzito, eu disse que meu texto seria enorme, mas ainda não sei se conseguirei. Vamos ver se vai ser grande mesmo. kkkkkkkk. Essa malhação vai ficar pra história e será lembrada daqui em diante como uma das melhores. É tanta coisa pra comentar que não sei por onde começar. Acho que primeiro tem que dizer que perdi as constas de quantas cenas me levaram as lágrimas. Cao tem um jeito tão lindo de escrever. Ele toca o coração dos telespectadores. Como eu comentei uma vez, ele sabe como tratar de assuntos considerados polêmicos com maestria. Merece todo essa repercussão que teve. Fico só chateada com o encurtamento da temporada e também com a duração do último capítulo, mal deu tempo de aparecer todos os personagens. Alguns inclusive só fizeram aparição na última balada, vide Felipe, Clara e Juca. Queria muito que o Calamari tivesse alguma cena nesse final. O Felipe é um dos meus personagens preferidos. Também queria uma cena ClaJu, foi por pouco tempo, mas eles formaram um lindo casal. Falando em casal, Felica sempre foi meu preferido. Infelizmente eles não terminaram juntos, mas Limantha teve uma trajetória bem construída e linda de ser ver. Sempre comento que 55% de mim é Felica e os outros 45% shippa Limantha. Além do meu finado Felica, eu amei acompanhar a trajetória de Gunê, Jotellen, Keyto e Bernarine. Impossível não shippa-los. Gunê me conquistou desde o princípio. Os esquisitos que se completam. Foi lindo e a cena dos dois tocando e cantando Paula e Bebeto é minha cena preferida da temporada. Jotellen também me cativou desde o princípio. Foi difícil esperar, mas valeu a pena. O casal nerd mais lindo que você respeita. Aliás, por que só a Ellen ganhou a bolsa para estudar fora, se o Jota e o Juca estiveram junto com ela em todas as empreitada? Também amei Keyto desde o início. Em alguns momentos quis dar um beliscão na Keyla, mas depois que passou o tempo, eu percebi que todas as escolhas, as incertezas que a Keyla tinha com relação ao Deco, etc. foram muito benéficas para o casal. Mais do que namorados, eles se tornaram cúmplices, companheiros um do outro, verdadeira família. E isso eu acho que tornou o casal tão especial. Além deles, acompanhar Bernarine foi muito divertido. No início eles não queriam nada sério, mas a gente acompanhou os dois mudarem e sempre juntos. Eu amei. Foi um dos meus preferidos. Dos casais maduros, eu amei Roney e Josefina, Dóris e Bóris, Marta e Luís. Aliás, Roney foi um dos melhores personagens. Ele é hilário. Me fez rir em vários momentos. Amava tabém as cenas dele com Waldemar. Me diverti muito. Dentre as fives, a minha preferida foi a Keyla, ela amadureceu muito ao longo desses 11 meses. Uma coisa que eu não gostei foi a trajetória da Tina nessa reta final. Quando ela saiu de casa, ela não deixou apenas a mãe, e sim o pai e a irmãzinha que precisavam tanto dela. E mesmo quando a mãe ficou doente, ela demorou para voltar pra casa. As cenas da Telminha e do Noboru foram de partir o coração e assistir a Tina, nessa reta final, colocar sempre a frente o relacionamento dela me irritou bastante. Um ponto positivo dessa história é que deu para ver o imenso talento do Carlos Takeshi. Ele é maravilhoso. E teve mais destaque nos últimos meses. Ah sim, só pra terminar, o Dogão foi um personagem maravilhoso, eu amie. Queria que ele tivesse uma cena também para chamar de sua. Aliás, a k2 era para ter terminado sozinha pela raiva que ela fez tanta gente passar. Só pra terminar, eu amei o Marcello Antony como Edgar e acho que faltou o Cao mostrar o lado humano dele. Porque ele não era ruim. Ele tinha lampejos mais humanos e isso enriquecia muito o personagem. Não deu 15 parágrafos, mas acho que falei muito já. Ah, só para terminar, acho que esse jeito diferente e esquisito da Benê, do Guto e do Juca deixaram malhação ainda melhor. Me identifico muito com os três, porque assim como eles, tenho algumas limitações, algumas manias provenientes de um TOC que fazem de mim alguém esquisito aos olhos dos outros. Agora sim, terminei. Um beijo, Zamenzito! Vamos juntos para a próxima jornada?

Anônimo disse...

To chorando até agora!!!!!

Clara disse...

Primoroso foi esse seu texto final!!!! Adorei e concordei com cada parágrafo.

Juan A. disse...

Jamais será esquecida mesmo. Chorei lendo esse texto. Que saudades!!!

Guilherme disse...

Que obra de arte essa temporada de Malhação. Inesquecível, impactante, relevante, histórica, transgressora. Uma temporada que rompeu com tudo que as anteriores não fizeram ou pouco fizeram. Uma temporada que abordou o adolescente e seus dilemas, sem filtro, sem superficialidade. Uma temporada que ultrapassou o romance batido para adentrar nos temas mais pertinentes da idade em questão. Um grupo de protagonistas maravilhoso, com qualidades e defeitos, que acertaram e erraram, que viveram intensamente cada uma a sua maneira. Um elenco maravilhoso, um texto brilhante do Cao e uma direção cirúrgica do Paulo. Enfim, não há o que falar dessa temporada. Só podemos aplaudir a melhor temporada de todos os tempos de longe de Malhação. A temporada que colocou a novelinha teen em outro patamar. Malhação se tornou o melhor produto no ar nos últimos meses, algo muito raro na história dessa novela. Parabéns a todos que fizeram parte desse trabalho e de todos que tiveram o prazer de acompanhar essa linda história.

Malu disse...

Bom, vou aproveitar o espaço pra dar meu veredicto final tbm. Pra não ficar textão tentei dividir por personagens/núcleos, e talvez dividir em dois. Lá vai:
Tina: Ana Hikari foi ótima e mil vezes melhor que todas as irmãs da Antonelli em Sol Dormente. Carlos Takeshi e principalmente Lina Agifu também deram show, e Julie Kei é uma graça. No entanto, individualmente foi a trama menos interessante das five, e num dado momento girou em círculos. Teve clichê? Sim, mas é quase impossível qualquer novela passar impune e nesse caso foi muito bem escrito e interpretado.
Keyla: Como já disse, senti falta de explorarem mais a morte da mãe dela. Quando Gabriel foi descoberto, Keyla aparentou estar magoada com o fato de Roney ter traído Antônia, mas logo o assunto foi esquecido. Quem perdeu pai ou mãe cedo sabe que não é fácil viver sem eles, é um amor único e um cuidado que ninguém mais tem. Quantas vezes na dificuldade com Tonico ela não deve ter desejado um simples abraço da mãe? Quanto ao romance com Tato, apesar de um pouco chatinho na fase Deco, eu amei o fato de, como a menina falou, eles terem virado uma família. São meu casal favorito da temporada. Keyla é muito fofa, e também me enterneceram muito seus momentos com Roney, Gabriel e Benê, além do cuidado com o filho. Mostrou que gravidas adolescentes na dramaturgia não precisam ser somente a doidinha irresponsável ou a mãe que fica feliz da vida em ter filho aos 17, ignorando as dificuldades que isso traz.
Ellen: Heslaine é uma atriz de uma sensibilidade ímpar, transmite tudo que a Ellen sente apenas pelo semblante, é incrível. Adorei a trama dela e confesso que gostei da história de hacker ter ficado de lado ao longo da temporada, pq deu espaço pra questões mais profundas, como o racismo. A família dela também é ótima, só lamento o casal Ernesto e Nena ter sido jogado fora sem razão aparente e a falta de uma discussão maior sobre religiosidade, já que Nena era evangélica fervorosa, enquanto Das Dores era da umbanda. Renderia.
Lica: Deus sabe que eu detesto a Lica, mas acho que ela realmente é um desses personagens ame ou odeie, e isso é bom, ela é intensa e essa é a principal característica da personagem, se refletindo em suas ações e na sua trajetória. A relação dela com Marta e com Leide era legal, no entanto eu acho a Marta uma mãe muito omissa. Vivia viajando, e quando descobriu que a filha estava em depressão e usando drogas simplesmente a mandou numa viagem pra Europa. No entanto, ótimas cenas de embate com Edgar, principalmente a de hoje. Não tem como não citar Limantha, que tirou a personagem dessa medo de não conseguir gostar de ninguém e acabar como o pai, e ainda foi tão importante e representativo para muitos, além de ser o romance mais bem construído dela.
Benê: Xodó de todos! Daphne perfeita, Aline Fanju em seu melhor trabalho e Davi Souza cheio de carisma. Amei a trajetória dela, sua amizade com as five, com Juca, e a relação com Guto. Só repito sua crítica quanto à abordagem do asperger. Não precisávamos esperar tanto, e não ficou claro pra mim se Guto e as meninas sabiam ou não. Ah, e o vício em jogos do Julinho também foi curado magicamente, né.
(Cont.)

Malu disse...

(Cont.) Sobre os coadjuvantes: Foi criada uma grande expectativa quando se divulgou que malhação teria um adolescente que ia beber de verdade e não só um suco de laranja no Gigabyte. Eu mesma esperei MB chegando bêbado em sala de aula ou algo do tipo, mas não teve tempo pra uma abordagem mais aprofundada. Pena também a tentativa de suicídio, que foi um cenão, mas logo depois MB tava curtindo o clipe novo de sua banda como se nada tivesse acontecido. O plot de corrupção, no entanto, foi uma grata surpresa na reta final e Vinícius Wester brilhou na pele do querido personagem. Já Felipe era um cara legal e gente boa, mas que serviu principalmente pra aumentar o conflito entre Lica e Clara, e, da feita que as duas fizeram as pazes ele ficou avulso na trama e, se sumisse como Deco, não faria falta. O plot com Gabriel poderia ter sido usado sem problemas em outro personagem como Jota ou MB. Samantha era aquela doidinha divertida, seu romance com Lica engrandeceu muito a personagem e Giovanna soube segurar, arrasou muito.
Isabella Scherer como Clara mostrou potencial, mas comparada ao resto do elenco feminino perde força e não se destaca. Talvez por isso seus arcos tenham dado errado. Gostei muito dela com Fio, mas se não ficariam juntos no final dava pra ter desenvolvido sua relação com Juca antes, já que os dois nunca tiveram uma interação maior nem na época em que estudavam juntos. O clichê do nerd com a patricinha teria rendido muito. Já sobre Fio, Koka é realmente um poço de carisma e convenceu nas importantes cenas dramáticas que teve. A abordagem do genocídio negro foi importante demais e escolher um dos personagens mais leves e engraçados pra falar do assunto foi uma ótima ideia. As Ks também se destacaram bastante devido ao talento de Talita e Carol, e adorei que elas fizeram as pazes no final. Só queria que Dogão e K2 tivesse sido mais aproveitado, eles tem muita coisa em comum, sendo dois vilões regenerados. Senti falta de tramas próprias para Guto e Jota, que ficaram restritos a seus pares românticos, e Juca ficando pobre e tendo que mudar de colégio no meio da temporada também me despertou curiosidade, mas não soubemos mais detalhes.
Mas, dito isso, obviamente que o saldo final é mais que positivo, é uma temporada que será lembrada e ficará pra sempre no hall das melhores, e sem dúvidas, foi a que mais quebrou o padrão do formato e isso foi ótimo, pq agora não tem mais como voltar apenas aos romancezinhos e triângulos amorosos. Amei e já tô morrendo de saudade.

Outsiders disse...

A premiação do Oscar foi dia 04/03/2018, mas o assunto aqui hoje vai ser: Para Sempre Viva A Diferença... é preciso olhar para a formação deste conteúdo com suas molduras conforme as gerações avançam.

Coisas boas a parte, só que o foco da trama em si era maior do que essa típica receita noveleira. Essas cinco meninas são as protagonistas da temporada. Mesmo que alguns casais tenham deixado sua marca, e foram shipados pelo público. A trama girou em torno da amizade. Para não fugir muito da narrativa do folhetim, houve trancos e barrancos para abalar a união das jovens, mas o mau foi vencido e o amor entre elas venceu.


Malhação: Viva a diferença, é escrita por Cao Hamburger, um dos idealizadores do nostálgico Castelo Rá-Tim-Bum, importante seriado da televisão brasileira, exibido pela TV Cultura nos anos 90, tanto que já teve duas grandes exposições remontando o seu cenário e história, no MIS, e até o dia 25/02 no Memorial da América Latina. Aos visitantes é oferecida a possibilidade de total imersão na série como a sensação de adentrar a televisão.

Recentemente foi divulgado que esta temporada de Malhação é finalista do Prix Jeunesse International 2018, este festival é uma causa para promover conteúdos importantes em qualidade e inovação na Tv infanto-juvenil no mundo inteiro; o evento será em maio deste ano. Cao Hamburger já levou este prêmio pela série ‘Pedro & Bianca’, exibida na TV Cultura, em 2014.

Por essa inúmeras razões Malhação Viva A Diferença é a única novela que merece ser assistida. Tanto que deveria ser vista no lugar daquela novela das 9h, O Outro Lado Do Paraíso. O Walcyr Carrasco alega que é temos que voar mas tramas absurdas tem limites para não insultar a inteligente do público.

Cao Hamburger o público com certeza expressa assim... Foi uma obra e tanto. Bem emocionada e grata por apresentar na TV. Foi ótimo, foi!”

izabel disse...

A temporada é magistral sob direção competente do Cao. Entre temas interessantes e outros personagens haviam as atrizes Gabriela Medvedovski, Manoela Aliperti, Heslaine Vieira, Ana Hikari e Daphne Bozaski. As suas personagens são independentes, poderosas (na medida do possível para uma narrativa Universal), cheias de personalidade e têm origens distintas.

Em conversa com jornalistas do portal UOL, a história tem como protagonismo um conceito: “Ele (cineasta Hambúrguer) distribuiu o protagonismo por cinco representantes de universos distintos para que à frente da história estivesse o conceito, que é diversidade, um assunto que considero pertinente, relevante e contemporâneo”, segundo o diretor-geral Paulo Silvestrini.

Pri disse...

Eu amei essa temporada, também achei primorosa a maior párte do enredo e pela primeira vez vi um elenco de estreantes onde absolutamente todos são bons, das protagonistas aos coadjuvantes merecem chances na carreira, em especial Manoela Aliperti que pra mim foi a mais desafiada, vivendo uma personagem tão intensa e inconstante e deu show em todas as cenas. Em toda temporada a gente sabe que tem 2 ou 3 nomes que veremos em novelas e o resto é bem descartavel, e mesmo destes 2 ou 3 não necessariamente será pelo talento, então acho acho que um grandes diferenciais dessa temporada é o talento em comum.

É uma pena a historia ter sido encurtada mais de dois meses, muita coisa ficou rasa como vc apontou, ou incompleta ou rápida. Eu realmente esperava uma redenção do Edgar, o cretino do pai da Bene que vimos duas vezes se redimiu, o escroto do Aldo, até a Mitsuko, só Lica ficou com o pai embuste mesmo. Acho que se não tivesse sido encurtada ele teria se redimido, deu mostra disso varias vezes pra no fim nem tentar um pedido de perdão a filha.
O Rafael homofóbico sumiu como apareceu, sem maiores explicações, mostrou uma cena falando de ação sócio educativa, achei pouco pro crime que cometeram. E a Tais que surgiu pra fazer Bully com a Lica e terminou fazendo arte contra o bully sem uma cena em que ela reconhecesse que foi escrota.

Enfim, coisas que temos que relevar pela pessima medida do encurtamento, mas no geral concordo com todas as criticas, pra mim foi uma das melhores temporadas de Malhação, que possamos ver este de nomes promissores brilharem assim como novas historias do mestre Cao Hamburguer.

Anônimo disse...

O escritor do folhetim já está confirmado no time de autores da Globo e, inclusive, entregou projetos de séries e minisséries que estão em análise.

Por outro lado, Gabriela Medvedovski, Daphne Bozaski, Heslaine Vieira, Ana Hikari e Manoela Aliperti ainda não tiveram trabalhos confirmados na emissora.

Isso porque segundo o “Notícias da TV”, os contratos das atrizes acabaram com o fim da novela teen e, apesar de o canal pensar em renová-los, não há nenhum personagem disponível para as artistas.

Apesar do sucesso de “Malhação – Viva a Diferença” as cinco protagonistas da história de Cao Hamburger podem entrar para a lista de desempregados do País.

Adriana Helena disse...

Oi Sérgio, que bela narração!!
Pelo que eu acompanhava das chamadas, deve ter sido lindíssimo e com histórias lindas, bem reais e modernas!
Que bom que Malhação está melhorando a cada temporada!!
Realmente o pessoal deve ter amado!!

Um beijão amigo e uma semana maravilhosa!!!

Anônimo disse...

O meu estoque de elogios a essa temporada maravilhosa já se esgotou. O que nos resta agora é agradecer ao Cao Hamburger, o quinteto de protagonistas excepcionais (E eu espero do fundo do coração que a Globo reveja essa burrada de deixa-las sem contrato, como foi noticiado) e ao restante do elenco, ao Paulo Silvestrini e toda a equipe por esse momento ÚNICO na história da Malhação. E também agradecer a você, Sérgio. A sua empolgação nas postagens do Twitter (Que, de fato, representava a empolgação de todos que assistiam) foi um show a parte, assim como todos os seus textos relacionados a trama. O último, em especial, eu tive que interromper a leitura umas três vezes para limpar as lagrimas devido a emoção (Eu li bem depois do ultimo capítulo).
Não sei se isso aconteceu só comigo, mas a cada personagem citado no post, me vinha à mente a musica tema de cada um kkkk. Portanto, além do autor, do elenco e da equipe, vc Sergio tbm está de parabéns.

Obs: Ainda falando sobre Malhação, mas mudando completamente o foco, eu estava tomando água enquanto olhava o seu twitter e quando vc postou a foto do Hall Mendes com a Ana Flávia Cavalcanti, eu juro por Deus, acabei dando uma bela engasgada. HAHAHAHA

Debora disse...

Olá Sérgio tudo bem???


Realmente a temporada teve alguns deslizes, mas foi primorosa!!!

Não entendi o pq do encurtamento da temporada, afinal era tão boa...

Espero que a próxima siga na mesma altura dessa, veremos...



Beijinhos;
Débora.
https://derbymotta.blogspot.pt/

Leitora disse...

Olá! Antes de mais nada eu estou esperando o seu texto sobre: "Orgulho e Paixão: O que esperar da próxima novela das seis" Porque assim Orgulho e Preconceito é um xodózinho literário e olha que romance nem é meu gênero favorito, logo eu tenho medo de que estraguem a estória.
Mas enfim vamos falar de Malhação. Gente Cao é o dono da minha infância. Que saudades do Disney Cruj, olha lembro muito dos desenhos e do Caju e cia. Castelo Rá Tim Bum nem se fala. Enfim eu já disse que pra mim essa Malhação já está na galeria de melhores então ficar elogiando aqui é bem desnecessário e pra mim ela não foi exatamente boa pela abordagem de temas polêmicos eu gostei mesmo do texto, da narrativa, personagens porque sinceramente em muitas malhações os personagens eram superficiais e rasos não que nesta todos fossem perfeitos, porem comparados com outras o nível estava bem superior, além da questão do entretenimento que é o que realmente me importa e claro que parece bobo, mas como bem lembrado o fato da estória se deslocar do RJ pra SP deu uma refrescada, aliás porque não fazer temporadas em outros estados também? Imagino que a principal emissora do País tenha estrutura pra isso.
E os temas que não foram bem abordados ou aprofundados poderiam ter sido caso a estória fosse até Junho como é de Praxe.
Agora mudando de pato pra ganso essa reta final aí dedicada a educação, pois é... Eu fiquei pensando aqui comigo... Continua...

Leitora disse...

A Educação brasileira não é boa. E isso não é simplesmente a minha humilde opinião, claro que não estou as escolas do País são péssimas, mas francamente a qualidade do ensino da grande maioria não é bom. Tem muitas escolas particulares que só estão interessadas no lucro. F***-s* se o aluno aprende ou não e tem muitos alunos de particular que não estão preocupados em aprender porque sabe que alguém vai pagar sua faculdade. Então pra que me esforçar? Lembrando que não são todos.
Já a escola publica eu como muitos brasileiros estudei em escola publica e quando eu estudava o aluno só reprovava por falta, ou seja, não fazia a menor importância se o aluno sabia ler, escrever ou somar 2+2 com tanto que ele não estourasse o limite de faltas ele só reprovava por não saber se fosse algo muito critico. Era mais ou menos tudo bem você ser ruim em português, mas você é tão bom em matemática e mediano em todas as outras.
E sim tem muito aluno desinteressado na escola publica também, mas dizer aqui que o tratamento dado aos professores é vergonhoso é desnecessário, não vou entrar no mérito de salario porque eu confesso que estou por fora do salario de um professor atualmente e as vezes o que é pouco pra ele pode ser muito pra mim. Enfim... O fato é que nem todos os professores são bons, comprometidos com a profissão, muitos deles só estão ali porque foram "apadrinhados." Felizmente não são todos e eu acredito eu quero acreditar que estes são a minoria. Continua...

Leitora disse...

*Corrigindo o trecho acima: "E isso não é simplesmente a minha humilde opinião, claro que não estou as escolas do País são péssimas, mas francamente a qualidade do ensino da grande maioria não é bom." O correto seria: "(...) claro que não estou dizendo que todas as escolas do País são péssimas...
Outro ponto que pra muitos pode parecer exagero, nada haver, loucura e etc é o seguinte a escola que deveria servir para ensinar na verdade está sendo usando para doutrinar os alunos, entre outras coisas eu quero dizer o seguinte os alunos desde muito novinhos estão sendo condicionados a pensar apenas de determinada forma. E o correto seria a escola apresentar varias vertentes e o aluno decidir e pensar por ele mesmo qual é a mais valida. Isso sim é liberdade.
Mas não podemos nos esquecer também dos pais, familiares e responsaveis. Muitos simplesmente não estão nem aí com a educação dos filhos, alias acham que isso é responsabilidade unica e exclusivamente da escola e por falar nisso o termo educação é totalmente contraditório porque educação se aprende em casa com a familia o dever da escola é ensinar, ou seja, o termo educação pra se refererir ao ensino é bem equivocado.
E por fim o estado/governo. O estado não quer que o povo aprenda, que o povo estude, que o povo saiba das coisas, porque o povo burro é controlavel, é manipulavel. O estado pode até investir milhões na area de educação, mas de que adianta se o conteudo continuar sem qualidade ou se o foco for em questões que... Enfim o povo na mais perfeita ignorancia é muito, muito conveniente acho que eu não preciso dizer o porque, né? Aí quando Malhação apresentou toda essa situação e etc e tal eu fiquei me questionando: "Será que as pessoas estão pensando em todas essas questões ou elas só querem saber quem fica com quem no fim da estória?"
Voltando para o pato. Eu: "É hoje começa a nova Malhação." Mãe: "Não gostei. Não quero saber de nova Malhação. Eu quero a Benê." Hahahaha. Vi um trechinho da nova Malhação e não vou ver (talvez mude de ideia) e não é por apego sentimental a outra não é porque: "Eu não estou disposta."

Luis disse...

Viva a diferença fez aquilo que Conectados tentou, mas falhou grandemente, isto é, mudar a estrutura da franquia Malhação que já estava completamente esgotada. Embora, tenha existido alguns sopros alívio nesse tempo que separa as duas temporadas, como a fase Sonhos. Sem sombra de dúvidas, esta foi uma temporada que será lembrada por suas protagonistas e isso é bom, porque significa que a história deu certo. Das cincos, todas brilharam igualmente, porém, Daphne e Gabriela chamaram minha atenção especialmente, ainda mais se levarmos em consideração que duas das mais lindas cenas desta reta final foram protagonizaras por elas individualmente.
Ana Hikari e seu núcleo japonês só serviu para mostrar como a Globo foi equivocada com aquele núcleo nipônico de araque em Sol Nascente. Heslaine é linda e fez transição de uma Ellen fechada, meio revoltada e indisciplinada (que ao contrário de Lica, sempre teve motivo para tal) maravilhosamente. Já Manoela fez uma Lica inconsequente algumas vezes, mas que verdadeiramente amava as amigas, a mãe, Leide e até seu pai. Aline Fanju alcançou um novo patamar ao interpretar uma mãe que era um verdadeiro afago em meio a outras tão complicadas -Nena ausente, Marta omissa, Mitsuko controladora, Malu um verdadeiro combo de como ser uma mãe ruim- e emocionou diversas vezes. Os antagonistas também foram excelentes. Malu, Edgar e Mitsuko foram odiáveis. K1 e K2 foram uma dupla impagável, sendo talvez as vilãs adolescentes mais crível que Malhação já teve e sem necessitar executar planos extremamente mirabolantes. A K2 talvez tenha sido a melhor deste segmento em anos, acompanhada, talvez, pela Jade da temporada Sonhos. Por fim, resta dizer que qualquer elogio a mais seria chover no molhado e que uma nova era foi iniciada em Malhação, espero que continue assim.
P.S: Daphne tem tudo para ser a nova Marjorie Estiano hahad

Anônimo disse...

Adorava assistir a série "Um menino muito maluquinho". Bem feita. Marcou minha infância.

Unknown disse...

Analise as alternativas e marque uma ùnica opção:

I) Depois de 23 anos de malhação assistidos, até então as melhores temporadas era da de 2005 e de 1995. Hoje afirmo sem sombra de duvida que essa ganhou o primeiro lugar. Pena acabar, a acho que essa vale a pena ir para o vale a pena ver de novo, para poder matar a saudade. Um pouco de inesperado a cada dia, temas vários trabalhar o respeito.

II) Parabéns a todos que contribuíram diretamente e indiretamente para essa obra prima. Amei o final. Essa novela abriu muitas barreiras falando de vários temas tabus. mostrou que personagens principais pode ser uma com síndrome de asperger, bi, negra, mãe solteira pode entreter o publico muito mais que temas chatos como antes abordavam. Vou sentir falta dessa Malhação que para mim foi a melhor de todos os tempos eu ia amar se tivesse 2 temporada contando a historias das fives após a faculdade. poderia ser uma minissérie referentes os desafios da fase adulta. Fica dica Caio Hambúrguer.

III) A melhor Malhação de todas!!! As histórias, os assuntos abordados, os atores super talentosos, o texto...enfim, impossível não se envolver. Tudo de uma forma leve e viciante de ver. Sei que sou apenas uma mera telespectadora, mas, vocês ( TODOS que participaram desse projeto) estão de Parabéns! Sensacional! Quero no vale a pena ver de novo rsrsrsrs obrigada, só tenho a agradecer. Essa realidade fictícia mudou muito meu modo de ver as coisas. E me fez relembrar momentos da minha época de adolescente. acho difícil outra malhação melhor que essa. Bjs sucesso

IV) Não sabemos bem qual é o futuro da televisão, tampouco o futuro das novelas que já dominaram quase que solitariamente o mercado do entretenimento audiovisual do Brasil, mas de uma coisa nós podemos ter certeza: quem não começar a se movimentar para criar narrativas minimamente mais representativas vai acabar ficar pra trás. Graças a Deusa!

V) Perfeita a sua colocação. A televisão, mais do que nunca, no Brasil, se tornou uma forma de denuncia e de voz para as coisas que acontecem no mundo real. É muito bom ver uma temporada como essa de Malhação, em pleno 2018, sendo considerada e melhor de um programa de 20 anos. Melhor ainda é saber que ela ganhou esse título de "MELHOR TEMPORADA" sendo uma obra de representatividade das diferenças, com texto incrivelmente bem escrito e criativo. Seja o que tiver que ser!

VI) Assisti a algumas temporadas de malhação e posso dizer que essa por ser bem atual abordou temas que vivemos no nosso dia a dia, deixando um pouco de lado aquele contexto de só um casal vivendo amor platônico e uma vilã destruindo tudo... Gostei muito da abordagem sobre a educação pública x privado, dando ênfase a escola pública, sou um apaixonado pela Educação e creio que é por meio dela que podemos mudar e criar seres pensantes para viver em sociedade... Parabéns!

VII) Parabéns pela obra. Melhor coisa da Globo nos últimos tempos. Malhação crescendo sem perder o foco. Só acho que Malhação Viva a Diferença foi tão maravilhosa que merecia uma continuação com a historia das FIVE na fase adulta.... Tipo um filme ou quem sabe outra malhação com a continuação.

Marque a alternativa VERDADEIRA:
( ) I
( ) II
( ) III
( ) IV
( ) V
( ) VI
( ) VII
( ) todas verdadeiras
( ) Nenhum verdadeira

Sérgio Santos disse...

Chaconerrilla, desculpe a demora mas só agora tive tempo. E que falta vai fazer, né??????

Sérgio Santos disse...

Triste, anonimo...

Sérgio Santos disse...

Obrigado, Clara.

Sérgio Santos disse...

Saudades, Juan!

Sérgio Santos disse...

Isso, Guilherme!

Sérgio Santos disse...

Malu, escreva o quanto quiser e achei os comentários perfeitos. É verdade.

Sérgio Santos disse...

Vai ficar na memória, Day.

Sérgio Santos disse...

Cao foi genial, Izabel.

Sérgio Santos disse...

Onde eu assino, Pri?

Sérgio Santos disse...

Duvido, anonimo.

Sérgio Santos disse...

Foi mt bom, Adriana!

Sérgio Santos disse...

Anonimo, muito obrigado pelo carinho e não sabe como isso me deixa feliz!!!!

Sérgio Santos disse...

Ninguem entendeu, Debora...

Sérgio Santos disse...

Leitora, vc fez colocações bem pertinentes!!!!

Sérgio Santos disse...

Perfeito, Luis!!!

Sérgio Santos disse...

Foi otima tb, anonimo.

Sérgio Santos disse...

Abraços, Oath