terça-feira, 30 de junho de 2015

Com Rosane Svartman e Paulo Halm inspirados, direção e atores se destacam em mais uma reviravolta de "Malhação Sonhos"

Após a tensa competição do Warriors, "Malhação Sonhos" continuou mantendo o clima de suspense em torno da vida de Cobra (Felipe Simas). Rosane Svartman e Paulo Halm ainda inseriram Jade (Anaju Dorigon) no drama do personagem, que fugiu com ela para um local isolado, escapando das investidas de Heideguer (Odilon Wagner). O casal, então, passou a protagonizar o enredo e foram o foco de todos os eletrizantes acontecimentos dos últimos dias (uma semana e meia mais exatamente) de junho.


Com a ajuda de Edgar (Guilherme Piva), os dois conseguiram despistar o grande mentor do esquema das lutas compradas e ficaram perdidos por um tempo em uma floresta. Os momentos protagonizados por eles lembraram o clássico filme "A Lagoa Azul", onde os mocinhos precisam encontrar meios para sobreviver em um local inóspito. Mas depois deste período de 'aventura', o par encontra uma mansão aparentemente abandonada e se instala no casarão. É a partir desta situação que um clima de thriller passa a dominar a história.

O dono do local ficou observando os dois de longe até que se apresentou como dono do lugar, se fazendo de amigo. Haroldo (Álamo Facó) era um típico personagem de filme de terror e tinha até um gato preto de estimação, chamado Júnior. Aos poucos, foi possível perceber que aquele homem tinha sérios problemas mentais e o mesmo criou uma fixação pela Jade, que foi 'escolhida' por ele para ocupar o lugar de sua falecida esposa.

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Triângulo amoroso protagonizado por Pedro, Júlia e Felipe é um dos trunfos da reta final de "Sete Vidas"

Lícia Manzo tem uma capacidade rara de emocionar o telespectador, evitando qualquer tipo de pieguice. A autora também sabe como envolver o público com seus personagens reais, cujas relações são sempre cheias de dificuldades impostas por decisões ou pela própria vida. E uma das muitas questões que tem norteado esta reta final de "Sete Vidas" é o dilema amoroso de Júlia (Isabelle Drummond), personagem que se vê dividida entre a razão e a emoção, encabeçando um triângulo amoroso bastante complexo.


A menina é o grande elo de ligação dos irmãos (todos filhos de Miguel - Domingos Montagner) e foi a responsável, direta ou indiretamente, pela aproximação de todos. E, ironicamente, ela é a única que não é filha do doador 251, uma vez que a mãe Marta (Gisele Fróes) mentiu a respeito de sua origem, provocando uma verdadeira avalanche sentimental em sua vida. O triângulo amoroso que a tem como protagonista, inclusive, é consequência de toda esta rede de mentiras.

Júlia e Pedro (Jayme Matarazzo) se apaixonaram perdidamente assim que se conheceram e logo tiveram que 'interromper' este forte sentimento em virtude da descoberta do laço sanguíneo ---- que nunca existiu, mas, na época, eles sequer imaginavam que não eram irmãos. Os dois tentaram seguir suas respectivas vidas até que ela descobriu toda a verdade e foi correndo contar a ele.

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Os 30 anos de "Roque Santeiro", uma das novelas mais significativas da teledramaturgia

Escrita por Dias Gomes e Aguinaldo Silva, com base no original do próprio Dias (a peça "O Berço do Herói"), "Roque Santeiro" foi uma novela que entrou para a história da teledramaturgia e também da televisão. A primeira versão da produção estava prevista para estrear em agosto de 1975, sendo protagonizada por Betty Faria (Viúva Porcina), Francisco Cuoco (Roque Santeiro) e Lima Duarte (Sinhozinho Malta). Porém, em virtude da Ditadura Militar, que censurou o produto, o folhetim foi cancelado e todo o material perdido.


A novela só conseguiu ser produzida em 1985, ou seja, dez anos depois, mantendo Lima Duarte como um dos protagonistas, mas com duas mudanças nas outras pontas do triângulo central. Betty e Francisco não voltaram, sendo substituídos por Regina Duarte e José Wilker. Após este período um tanto quanto turbulento, a história ambientada na fictícia cidade de Asa Branca (tratada como um microcosmo do Brasil) foi finalmente exibida, fez um imenso sucesso e ficou eternizada na memória dos telespectadores. O folhetim ainda foi reprisado três vezes: duas na própria Globo e uma no Canal Viva.

Os autores fizeram uma ótima sátira à exploração política e comercial da fé popular através de personagens carismáticos e bem exagerados. Os moradores de Asa Branca vivem em função dos supostos milagres atribuídos a Roque Santeiro, um coroinha e artesão de imagens sacras que morreu defendendo a cidade do perigoso bandido Navalhada (Oswaldo Loureiro) ----- boato que se espalhou no local, virando uma grande verdade ----- e todos veneram aquela figura.

terça-feira, 23 de junho de 2015

"Sete Vidas" e "Verdades Secretas" comprovam o êxito do entrosamento entre autor e diretor

O entrosamento do autor com o diretor da sua novela é de vital importância para que a mesma funcione a contento. Qualquer tipo de divergência (ou métodos de trabalhos que não se complementam) já provoca um efeito imediato no resultado final, prejudicando o conjunto. Em compensação, quando há uma sintonia perfeita, onde um auxilia o trabalho do outro, a novela dificilmente enfrenta problemas. Pois este é o caso de "Sete Vidas" e "Verdades Secretas", exibidas atualmente na Globo.


As duas novelas evidenciam o êxito de uma boa parceria, onde autor e diretor se conhecem e confiam no trabalho um do outro. Para que isso ocorra, aliás, é (na maioria das vezes) preciso que este 'casamento' se perdure. Ou seja, que a dupla dê prosseguimento a uma parceria bem-sucedida. E foi exatamente o que aconteceu em ambos os casos. Lícia Manzo, Jayme Monjardim, Walcyr Carrasco e Mauro Mendonça Filho são responsáveis por dois folhetins repletos de qualidades e as duplas já fizeram outros trabalhos juntos. 

Lícia e Jayme produziram a impecável "A Vida da Gente" (2011) e a novela das seis entrou para a lista de melhores já exibidas no horário, sendo uma das mais vendidas da Globo. A história protagonizada por Ana (Fernanda Vasconcellos) e Manu (Marjorie Estiano) emocionou o público e a harmonia entre autora e diretor pôde ser sentida do primeiro ao último capítulo.

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Na pele da íntegra e cativante Esther, Regina Duarte brilha em "Sete Vidas"

Tecer elogios ao primoroso conjunto de "Sete Vidas" implica em cair na repetição. Afinal, a novela de Lícia Manzo coleciona congratulações desde que estreou. As qualidades são inúmeras mesmo e uma delas está no talentoso elenco escalado. São muitos destaques e vários desempenhos excelentes. E entre os grandes nomes presentes neste time, está a maravilhosa Regina Duarte, que não participava de uma novela inteira desde 2011, quando viveu a Clô Hayalla de "O Astro", e está completando 50 anos de televisão em 2015.


A atriz havia sido escalada para "Boogie Oogie", fraca trama anterior, mas recusou o papel, que acabou nas mãos de Betty Faria ---- curiosamente invertendo uma situação clássica do passado, quando assumiu o lugar de Betty para viver a Viúva Porcina em "Roque Santeiro". E Regina pediu para entrar na novela de Lícia porque assistiu a impecável "A Vida da Gente", virando, assim como muitos telespectadores, fã da autora. O pedido, claro, foi prontamente aceito e ela ganhou a Esther, uma mulher de personalidade forte que faz jus ao talento da intérprete.

A personagem teve um longevo relacionamento homossexual (com Vivian) e as duas optaram pela inseminação artificial, onde Esther foi a escolhida para engravidar. Ela acabou engravidando de gêmeos ----- Laila (Maria Eduarda de Carvalho) e Luis (Thiago Rodrigues) ----- e o sêmen utilizado foi o de Miguel (Domingos Montagner), protagonista da história. A sua parceira veio a falecer, deixando a companheira encarregada da criação dos filhos sozinha.

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Com uma abordagem criativa sobre o conflito de gerações, "Vizinhos" é mais uma ótima série do GNT

O GNT foi a emissora que melhor soube aproveitar a Lei da TV Paga ----- que obriga todas as redes fechadas a terem produtos nacionais em suas grades. Desde então, várias séries foram, e são, produzidas na empresa. A mais nova estreia do canal a cabo foi "Vizinhos", produção criada e dirigida por Luiz Villaça, o mesmo responsável pela ótima "3 Teresas" (cuja terceira temporada está prevista para 2016). A trama começou a ser exibida no dia 5 de maio, às 23h, e terá 13 episódios.


A história é baseada na convivência de duas gerações e a premissa é semelhante ao que ocorre com "3 Teresas", onde três mulheres da mesma família precisam lidar com as diferenças e dramas característicos de cada idade. Neste caso, o enredo aborda a vida dos moradores de duas casas vizinhas. A primeira é habitada por um casal de meia idade que precisa lidar com o vazio deixado pelos filhos, que seguiram seus respectivos rumos. Já na segunda mora um grupo de cinco jovens, entre 19 e 24 anos, em um regime de república.

Marcello Airoldi e Bianca Byington interpretam Mário e Luísa, o casal que se sente perdido sem a presença de sua prole, enquanto os jovens que moram ao lado são vividos por Samya Pascotto (Júlia), Bernardo Bibancos (Eduardo), Gabriela Rocha (Marina), Giovanni Gallo (Rafael) e Francisco Miguez (Rodrigo).

terça-feira, 16 de junho de 2015

Quadrilátero amoroso norteia início de "I love Paraisópolis" com Grego, Mari, Benjamin e Margot

A nova novela das sete da Globo está há pouco mais de um mês no ar e tem rendido bons índices de audiência para a emissora (em torno de 23/25 pontos). "I love Paraisópolis", até então, tem focado no quadrilátero amoroso protagonizado por Grego (Caio Castro), Mari (Bruna Marquezine), Benjamin (Maurício Destri) e Margot (Maria Casadevall). As idas e vindas destes casais (ou quase casais) estão norteando o enredo da história de Alcides Nogueira e Mário Teixeira neste início.


As duas primeiras semanas da novela foram voltadas para as aventuras de Mari e Danda (Tatá Werneck), que foram parar em Nova York em busca de uma melhor condição de vida. Todas as cenas envolvendo as personagens foram ótimas e a cumplicidade das atrizes fez toda a diferença para o positivo resultado da saga das duas amigas/irmãs. Ainda houve uma luxuosa participação de Lima Duarte vivendo uma espécie de poderoso chefão. Foi, sem dúvida, um começo promissor.

Mas desde que a dupla retornou de viagem, a novela passou a ficar centrada nos dilemas sentimentais de Grego, Mari, Benjamin e Margot. A química entre Bruna Marquezine e Maurício Destri ficou evidente logo na primeira cena deles juntos, no elevador, onde os mocinhos se beijaram pela primeira vez.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Final do Warriors renova fôlego de "Malhação Sonhos" e mergulha a história em um atrativo suspense

A história de "Malhação Sonhos" ganhou uma nova virada na segunda semana de junho. Após ser dividido em algumas partes e citado por toda a temporada, o Warriors (torneio de muay thai) teve sua final exibida, o que implicou em uma sucessão de acontecimentos, além da esperada luta entre Cobra (Felipe Simas) e Duca (Arthur Aguiar). Os capítulos foram repletos de ótimas cenas e o enredo foi mergulhado em um atrativo suspense.


O aguardado embate dos rivais ocorreu tendo o esquema de Heideguer (Odilon Wagner) e Lobão (Marcelo Faria) como pano de fundo. Isso porque Duca deixou de ser favorito após a fratura em seu pé na luta anterior, o que transformou Cobra na grande aposta do torneio. Porém, como os vilões ganham fortunas armando resultados, obrigaram o namorado de Jade (Anaju Dorigon) a entregar a luta, provocando a chamada 'zebra', beneficiando o investimento da dupla. Como Cobreloa se recusou e não aceitou o suborno, os canalhas resolveram ameaçar a família do rapaz, o que iniciou um período de grande tensão.

Cobra conseguiu armar com Edgar (Guilherme Piva) para que o professor de artes cênicas salvasse sua família. Mas até o plano funcionar, o lutador iniciou a luta com Duca sem revidar os golpes, esperando que o amigo conseguisse tirar sua mãe e seus irmãos da vigilância de Heideguer. Quando o objetivo foi alcançado, o embate ficou ainda mais emocionante do que já estava, pois ele partiu para cima de Duca, e o grau de veracidade da cena impressionou.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Os vencedores da 17ª edição do "Prêmio Contigo"

A décima-sétima edição do "Prêmio Contigo!" de Televisão aconteceu nesta segunda-feira (dia 8), no Copacabana Pallace (Rio de Janeiro),e  mais uma vez encerrando a leva de premiações referentes ao ano de 2014, ainda que muitas produções de 2015 tenham sido inseridas na lista de indicados. A festa contou com a presença de vários artistas e ainda homenageou os 50 anos da Rede globo e a grande Glória Pires, que se emocionou com o merecido reconhecimento à sua longeva carreira televisiva. A justiça prevaleceu na maioria das categorias, embora algumas vitórias (mesmo já esperadas) tenham decepcionado.


Apresentada pela extraordinária Fernanda Montenegro e pelo talentoso Mateus Solano, a premiação começou com um divertido momento da respeitada atriz dando um selinho em Mateus, que protagonizou em 2014 o histórico beijo de "Amor à Vida" com Thiago Fragoso. A dama do teatro e da televisão ainda brincou dizendo que eles deram o primeiro beijo gay do "Prêmio Contigo!" ----- curiosamente, o ator no ano passado esteve em uma história de sucesso e fez parte de um casal homossexual de extrema aceitação, ao contrário do que ocorre atualmente com Fernanda em "Babilônia".

A primeira categoria foi de Melhor Atriz Coadjuvante e a vencedora foi Marina Ruy Barbosa, pela Maria Isis, de "Império". Ela concorreu com Andreia Horta ("Império"), Giovanna Lancellotti ("Alto Astral"), Adriana Birolli ("Império"), Emanuelle Araújo ("Malhação") e Camila Morgado ("O Rebu"). Marina convenceu na trama e mereceu o prêmio, mas as concorrentes também mereciam, principalmente Andreia.

quinta-feira, 11 de junho de 2015

O êxito de "Os Dez Mandamentos"

Se "Babilônia" tem sido motivo de tristeza para a Globo, pode-se dizer que "Os Dez Mandamentos tem proporcionado muitas alegrias para a Record. A primeira novela bíblica da emissora estreou no dia 23 de março e desde então vem atingindo índices excelentes de audiência, até mesmo acima das expectativas mais otimistas dos responsáveis. O alto custo da trama (cerca de R$ 700 mil por capítulo) tem valido muito a pena, fazendo desta produção um grande êxito do canal.


Escrita por Vivian de Oliveira e dirigida por Alexandre Avancini, o folhetim conta a história de Moisés desde o seu nascimento até a sua morte e é uma adaptação dos quatro livros que compõem a Bíblia. A autora foi inteligente ao escolher retratar a travessia que levou os hebreus do Egito até a Terra prometida em 40 anos. Este enredo é bem rico e a saga longa, o que proporciona um bom material para ser explorado por 150 capítulos.

O périplo de Moisés no Êxodo já está com o protagonista em sua fase adulta e o primeiro capítulo iniciou a história antes mesmo dele nascer (1.300 A.C.), com o faraó Seti I (ZéCarlos Machado) ordenando a matança de todos os bebês hebreus do sexo masculino, filhos dos escravizados, que trabalhavam em condições degradantes na construção de templos e belíssimos monumentos.

terça-feira, 9 de junho de 2015

"Verdades Secretas" estreia com trama bem estruturada e personagens promissores

"Quando se olha as pessoas nas ruas se vê um desfile de desejos. Uns com fome de poder, outros de sucesso, muitos com fome de dinheiro e alguns sonhando com amor. Por trás dos disfarces, tirando a maquiagem, a gente descobre o que realmente está em jogo e o quanto cada um está disposto a apostar para possuir o que quer. Não se iluda, tudo tem seu preço." Esta é apenas uma das premissas de "Verdades Secretas", nova novela das onze, que estreou nesta segunda-feira (08/06), na Globo. A trama terá o mundo das modelos como pano de fundo e mostrará um lado ainda pouco explorado deste tão fascinante universo.


Escrita por Walcyr Carrasco e dirigida por Mauro Mendonça Filho ---- repetindo a bem-sucedida parceria do sucesso "Amor à Vida" ----, a história é protagonizada por Arlete (estreante Camila Queiroz), uma menina humilde e extremamente linda, que sonha em ser modelo e ter uma vida digna para ajudar a mãe (Carolina - Drica Moraes) e a avó (Hilda - Ana Lucia Torre). Mas sua trajetória não será nada fácil, uma vez que para atingir este objetivo precisará passar por várias situações que jamais imaginaria em sua vida. A ambição desmedida, a falta de caráter, as drogas e um ninho de pessoas interesseiras cercarão esta jovem ao longo da trama, a deixando temerosa e encurralada.

O glamouroso mundo das modelos tem um lado nada bonito (omitido por muitos e que jamais aparece nas belas capas de revista, nos luxuosos desfiles e nos catálogos de moda) que é justamente o foco central desta novela, a primeira inédita no horário, após quatro remakes ----- "O Astro", "Gabriela", "Saramandaia" e "O Rebu".

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Com cinco episódios primorosos, "Amorteamo" enredou amor e morte através da fantasia

Foram apenas cinco episódios. "Amorteamo" ---- que chegou ao fim nesta sexta- feira (05/06) ----teve uma duração tão curta quanto a antecessora "Os Experientes" (de quatro capítulos) e apresentou o mesmo capricho da série anterior, ainda que tenha sido voltada para um universo totalmente distinto. A produção criada por Cláudio Paiva, Newton Moreno e Guel Arraes, dirigida impecavelmente por Flávia Lacerda,  foi primorosa e marcou pela ousadia da proposta e pela abordagem lúdica da morte.


A série não foi propriamente de terror, mas apresentou vários momentos aterrorizantes em meio aos dois triângulos amorosos da história. Ambientada no Recife Antigo (no início do século XX), a trama usou vários clichês folhetinescos, priorizando o universo sombrio como pano de fundo e utilizando muitas doses da fantasia para retratar o infinito mistério da morte. O conjunto deu muito certo e esta mescla serviu para o público ser presenteado com um produto de extremo capricho. Aliás, vale ressaltar que esta produção contou com algumas propostas parecidas com de "Incidente em Antares" (minissérie baseada na obra homônima de Érico Veríssimo, exibida em 1994), como os mortos voltando de suas tumbas, por exemplo.

Os triângulos amorosos sustentaram bem a série, proporcionando sequências que misturavam romance, suspense e terror. O conflito mais maduro envolvendo o cruel Aragão (Jackson Antunes) e a sofrida Arlinda (Letícia Sabatella), que se envolvia com o cafajeste Chico (Daniel de Oliveira) ---- morto logo no primeiro capítulo ----, fez um bom contraponto com o romance adolescente de Gabriel (Johnny Massaro) e Lena (Arianne Botelho), que contava com a tenebrosa Malvina (Marina Ruy Barbosa), uma típica noiva-cadáver, para atrapalhar o par.

quinta-feira, 4 de junho de 2015

O fracasso de "Babilônia" e as declarações de Gilberto Braga

Todos já sabem que "Babilônia" é o maior fracasso do horário nobre da Globo e que os baixos índices de audiência são uma verdadeira dor de cabeça para a emissora, que comemora 50 anos em 2015. Assim como é de conhecimento geral que todas as mudanças feitas na novela até agora não surtiram efeito algum e ainda pioraram o que já não estava bom. Porém, todo este conjunto problemático ficou mais evidente depois da entrevista que Gilberto Braga deu a "O Globo", na Revista da TV, no último domingo de maio (31) ----- cujo link você pode acessar aqui.


O autor ---- que escreve a novela junto com Ricardo Linhares e João Ximenes Braga ---- não havia se pronunciado a respeito da produção desde a sua estreia. Após um longo período calado, ele finalmente quebrou o silêncio em uma longa e ótima conversa. Gilberto sempre foi um escritor polêmico com suas declarações, tanto em relação aos colegas autores, quanto em torno dos atores e de suas próprias novelas. Ele não é de meias palavras e fala mesmo ---- característica parecida (para não dizer igual) a de Aguinaldo Silva, diga-se. Tanto que esta sua recente entrevista não chega a ser surpreendente para quem já leu as várias outras matérias que contaram com sua ilustre participação ao longo destes anos.

Gilberto Braga admitiu a preocupação com a situação 'catastrófica' (segundo o próprio) e disse que pediu para antecipar o grupo de discussão sobre a trama. Foi, inclusive, a partir das informações obtidas neste famigerado grupo (todo folhetim passa por esta 'análise' feita pela própria emissora através de diferentes perfis de telespectadores) que as mudanças no enredo começaram, mexendo, inclusive, nos poucos acertos da história.

terça-feira, 2 de junho de 2015

Enquanto Débora Bloch e Domingos Montagner se destacam, Lígia e Miguel esbanjam química em "Sete Vidas"

O principal casal de "Sete Vidas" é um dos muitos acertos desta trama tão bem escrita por Lícia Manzo. A conturbada relação de Lígia e Miguel afeta, direta ou indiretamente, todos os personagens da novela e o par tem um enredo denso que os cerca desde o primeiro capítulo. O sentimento que os une é tão intenso que eles sempre estiveram ligados, mesmo com tanto tempo de afastamento e conflitos. Débora Bloch e Domingos Montagner são muito exigidos e vêm correspondendo desde a estreia.


A jornalista sempre foi apaixonada pelo oceanógrafo e ambientalista, sendo plenamente correspondida. A relação acabou justamente quando o relógio biológico dela tocou, e o desejo de ter uma família estável afastou o navegador. Em meio ao término da relação, já houve um tudo: uma morte que na verdade era um desaparecimento, culminando em uma fuga; o nascimento de um bebê, fruto deste amor; um casamento; o aparecimento de cinco filhos gerados através da doação de sêmen feita pelo protagonista no passado; um retorno (após um longo isolamento em Fernando de Noronha) que chocou a todos; e um transplante de fígado que provocou sérias complicações. Praticamente uma avalanche de dramas e acontecimentos.

Porém, mesmo com tantas mudanças drásticas, novas formações familiares, mágoas, cruel passagem do tempo e reviravoltas impensáveis, eles nunca ficaram separados no pensamento. E a resistência de Miguel em estabelecer vínculos ---- sendo justamente esta questão a responsável por todos os conflitos gerados ---- está em seu traumático passado, já amplamente abordado na história.