sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Alexandre Nero, Lília Cabral e Marjorie Estiano: os maiores destaques de "Império"

Que o ponto alto de "Império" foi o seu núcleo central, não há contestação. O drama da família milionária foi o grande atrativo da novela de Aguinaldo Silva, até porque os núcleos paralelos não funcionaram. E, neste enredo principal, já com a história perto do seu desfecho, ficou evidente que três atores se destacaram mais e foram os pilares da trama: Alexandre Nero, Lília Cabral e Marjorie Estiano. O trio sustentou o folhetim.


Alexandre Nero ganhou o melhor personagem de sua carreira. O comendador é um tipo ambíguo, que mescla momentos de fúria com instantes de doçura e sofrimento. Enriqueceu por meios ilícitos e se envolveu em vários crimes, forjando até mesmo uma falsa morte para escapar da justiça; entretanto, não é um mau-caráter e preza valores em sua família. Um perfil engrandecedor para qualquer ator e que 'vestiu' perfeitamente no intérprete, que dominou o papel logo no primeiro capítulo, honrando seu protagonismo.

E Lília Cabral estava merecendo uma ótima personagem depois de "Fina Estampa" e do remake de "Saramandaia". Ganhou. Mesmo não tendo sido a grande vilã prometida pelo autor, Maria Marta se revelou uma mulher sarcástica que sabe ser cruel quando quer, embora tenha seu lado humano. Apesar de todos os seus defeitos, ela ama de verdade José Alfredo e tem um imenso carinho pelos filhos.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Bianca Bin mostrou uma nítida evolução em "Boogie Oogie"

"Boogie Oogie" está chegando ao fim e a reta final da trama de Rui Vilhena se resume ao desgastado e onipresente segredo de Carlota. Todos os personagens estão em função deste cansativo assunto, o que implica em um esvaziamento do roteiro e perda de função de vários personagens. Entretanto, apesar das várias falhas, a trama teve alguns destaques, entre eles Bianca Bin, que brilhou na pele da patricinha Vitória.


A personagem começou com ares de vilã, mas depois começou a apresentar traços de humanidade e carência afetiva. Bianca soube aproveitar a oportunidade dada pelo autor, conseguindo se sobressair nas muitas cenas que contavam com sua presença. Este papel foi um dos principais da história e exigiu bastante da atriz, principalmente nos momentos dramáticos, que foram inúmeros.

Porém, infelizmente, Rui não soube conduzir os rumos da filha de Beatriz (Heloísa Périssé) e jogou fora a interessante complexidade da patricinha ao transformá-la em uma obcecada por Rafael (Marco Pigossi), além de colocá-la como detetive em busca do famigerado segredo de Carlota.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

"Celebridade": um sucesso de Gilberto Braga

Exibida entre outubro de 2003 e junho de 2004, "Celebridade" foi um grande sucesso de Gilberto Braga. A trama, com ótimos personagens e grande elenco, agradou e conquistou a audiência. Dirigida por Dennis Carvalho, a novela abordou a busca pela fama, os malefícios que a superexposição pode causar para uma pessoa e o nível de obsessão que alguns têm pelo poder e pelo dinheiro.


Protagonizada por Malu Mader, a história tinha como eixo central a vida da poderosa Maria Clara Diniz, modelo que conheceu o sucesso quando (aparentemente) seu então namorado compôs para ela "Musa do verão", música que estourou em todas as rádios em 1988. E a tragédia que abalou sua vida ----- no dia do seu casamento, o compositor foi assassinado por um boêmio (Ubaldo) que afirmava ter sido o verdadeiro autor da canção ----- não encerrou sua carreira, pelo contrário: a profissão de modelo cedeu lugar para a de empresária. Ela passou a buscar novos talentos e agenciar estrelas, produzindo shows também.

A novela começa de fato quando Laura Prudente da Costa (Cláudia Abreu) inicia um plano para entrar na vida de Maria Clara. Filha da verdadeira "Musa do Verão", a vilã finge ser uma fã da ex-modelo com o intuito de se vingar. Com a ajuda de Marcos (Márcio Garcia), seu namorado e cúmplice, ela consegue trabalhar na empresa da 'rival' e vira amiga íntima da toda poderosa.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

"Sete Vidas": o que esperar da próxima novela das seis?

Prevista inicialmente para estrear na faixa das 23h, "Sete Vidas" foi remanejada para o horário das seis. Assim, algumas mudanças foram necessárias, tanto no número de capítulos (teria 56 e passou a ter 101), quanto no desenvolvimento de algumas tramas. Porém, o conjunto não mudou e os temas permaneceram da mesma forma como a autora planejou. E o clipe de 13 minutos apresentado (você pode ver aqui) foi bastante promissor.


O texto primoroso de Lícia Manzo já pôde ser notado com facilidade e as imagens deslumbrantes impressionam. O elenco foi muito bem escalado e os dramas dos personagens são muito envolventes. Aliás, a autora e o diretor Jayme Monjardim fizeram questão de ressaltar que a grande vilã da história será a vida, ou seja, a novela terá a mesma base da impecável "A Vida da Gente", produzida pela mesma dupla.

O enredo contará a história de Miguel (Domingos Montagner), um homem solitário que tem uma grande dificuldade em assumir relações duradouras. Quem sofre com isso é Lígia (Débora Bloch), uma competente jornalista que sonha em ser mãe (correndo contra o relógio biológico) e se apaixona por ele.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Zezé Polessa e Tato Gabus Mendes: uma dupla que deu certo em "Império"

O núcleo começou com pouca importância na novela "Império", mas aos poucos cresceu e foi ganhando cada vez mais espaço, muito em virtude do romance de Maria Isis (Marina Ruy Barbosa) e José Alfredo (impecável Alexandre Nero). Porém, ao longo dos capítulos, a trama de Severo (Tato Gabus Mendes) e Magnólia (Zezé Polessa) teve sua importância aumentada, honrando o talento dos atores, com direito a situações vividas exclusivamente por eles, sem a necessidade da dupla ser escada.


Os pais de Maria Isis e de Robertão (Rômulo Arantes Neto) são dois interesseiros natos e não se envergonhavam de explorar os filhos, pelo contrário, se orgulhavam deste feito. Enquanto arrancavam dinheiro que a ninfeta ganhava do seu comendador, os dois também tentavam pegar o dinheiro conseguido pelo filho, através de golpes dados em Téo Pereira (Paulo Betti), e ainda se envolveram em alguns trambiques, como a falsificação de um exame de DNA, após o pagamento de Cora (Drica Moraes).

Os personagens são picaretas e deploráveis, mas tudo que gira ao redor de ambos tem humor. A virada da trama ocorreu quando ficaram milionários graças a uma aposta que Severo fez com o dinheiro conseguido através de uma chantagem ----- que a esposa fez com o comendador. O casal passou a ostentar e transbordar cafonice nesta fase rica.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Isis Valverde convence na pele da mocinha Sandra em "Boogie Oogie"

A mocinha tradicional de novela virou um grande problema para a atriz que é escalada para interpretá-la. As chances do público se interessar muito mais pelos vilões do que por ela são grandes, assim como o grau de dificuldade da protagonista conseguir se sobressair na trama. Isso porque, embora seja o papel central, quase sempre é o passivo, ou seja, não movimenta o roteiro. Mas Isis Valverde aceitou o desafio de interpretar a sofrida Sandra, em "Boogie Oogie", e tem se destacado na história de Rui Vilhena.


Sandra foi trocada na maternidade e ainda perdeu o noivo em um trágico acidente no dia de seu casamento. Por ironia do destino, se envolveu com o rapaz (Rafael - Marco Pigossi) que foi salvo pelo seu quase-marido e ainda descobriu que estava grávida do falecido. Como se não bastasse todo este conjunto de acontecimentos, seus pais biológicos são uns canalhas (Fernando - Marco Ricca e Carlota - Giulia Gam) e os 'adotivos' se resumem em um homem intolerante e uma mulher submissa (Elísio - Daniel Dantas e Beatriz - Heloísa Périssé).

Em suma, Isis Valverde ganhou uma típica mocinha. Porém, a protagonista tem personalidade forte e não abaixa a cabeça para ninguém. Esta característica em especial proporciona para a atriz boas cenas de enfrentamento, além das já tradicionais sequências envolvendo sofrimento e muito choro.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

"Tá no Ar: a TV na TV" estreia nova temporada mantendo o ritmo ágil e o humor politicamente incorreto

O "Tá no Ar: a TV na TV" foi a melhor estreia de um humorístico na Globo em anos. O politicamente correto foi deixado de lado e um festival de piadas contra tudo e todos passou a fazer parte da grade da emissora semanalmente. O programa se despediu do público em junho de 2014 deixando saudades. E o êxito do formato proporcionou uma bem-vinda segunda temporada, que começou a ser exibida nesta quinta-feira (12/02).


O primeiro acerto desta nova fase é a mudança de horário. Em 2014, a atração ia ao ar quase meia noite e agora passa a ser exibida logo após o "Big Brother Brasil", por volta das 22h40, bem mais cedo. Obviamente, esta alteração proporciona um aumento do número de telespectadores, que reflete diretamente na audiência. E logo no primeiro programa houve uma interatividade muito inteligente com o "BBB".

Como começou imediatamente depois do reality, Marcius Melhem, Marcelo Adnet e parte da trupe apareceram dentro do quarto do líder e conversaram com Pedro Bial. Tudo, claro, sem perder a chance de debochar dos discursos enigmáticos que o apresentador sempre faz na hora da eliminação de um participante.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Cobra e Jade: um complexo e atrativo casal de "Malhação Sonhos"

Um bom vilão sempre desperta atenção do público. E a atenção é duplicada quando há um casal de vilões. No caso de "Malhação Sonhos", o par que apresenta desvios de caráter é composto por Cobra e Jade, interpretados respectivamente por Felipe Simas e Anaju Dorigon. Porém, inicialmente apresentados como duas pestes, os personagens estão longe de serem 'maus', principalmente se forem comparados com Lobão (Marcelo Faria) e Heideguer (Odilon Wagner), estes sim os grandes malvados da temporada.


Rosane Svartman e Paulo Halm construíram muito bem os perfis e rechearam os dois com complexidades muito interessantes. Cobra é um sujeito agressivo, antiético e não mede esforços para atingir suas ambições. Jade é uma menina arrogante, vaidosa e que faz questão de se mostrar cruel e debochada diante dos colegas. Entretanto, ambos têm conflitos internos que não expõem a ninguém. Enquanto ele faz questão de não falar de seu passado sombrio, ela esconde de todos sua baixa autoestima, provocada pela opressão da mãe (Lucrécia - Helena Fernandes).

A similaridade de 'estilos' aproximou os personagens, que começaram a se envolver emocionalmente. A relação é repleta de problemas, uma vez que Cobra tem uma forte resistência em demonstrar qualquer tipo de sentimento bom. O rapaz faz questão de afastar qualquer pessoa que começa a criar um laço com ele.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

"Belíssima": uma das melhores novelas de Silvio de Abreu

Exibida entre 7 de novembro de 2005 e 7 de julho de 2006, "Belíssima" foi mais um grande sucesso de Silvio de Abreu. A novela, dirigida por Denise Saraceni, contou com todos os elementos tão apreciados pelo autor: comédia, personagens populares, vilões perversos e uma boa dose de suspense. A produção substituiu a problemática "América", de Glória Perez, e foi substituída pela irregular "Páginas da Vida", de Manoel Carlos.


A história tinha como foco central a 'Belíssima', uma empresa referência na comercialização de roupas íntimas, que era presidida por Júlia Assumpção (maravilhosa Glória Pires), a mocinha da trama, que sofria nas mãos da sua avó: a cruel Bia Falcão (grandiosa Fernanda Montenegro). A mãe da protagonista (Stella Assumpção, uma famosa e linda modelo de 1960) morreu em um acidente de avião, deixando ela e seu irmão Pedro (Henri Castelli) órfãos. Os dois, então, acabaram sob os cuidados de Bia.

Pedro se envolve com Vitória (Cláudia Abreu), uma ex-menina de rua, e tem uma filha com ela (Sabina - Marina Ruy Barbosa), que é muito amada pela poderosa empresária. Mas Bia Falcão não admite este relacionamento e inferniza a vida da nora. Pedro e Vitória, aliás, vão morar na Grécia, juntamente com Sabina, e lá conhecem o simpático Nikos Petrákis (Tony Ramos impecável), com quem estabelecem uma forte amizade.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Conflito familiar entre Caíque, Maria Inês e Marcos é um dos pontos fortes de "Alto Astral"

Um dos pontos fortes de "Alto Astral" é o conflito familiar que existe no núcleo central. Maria Inês (Christiane Torloni) adotou dois filhos e os dois nunca tiveram uma boa relação. Caíque (Sérgio Guizé) e Marcos (Thiago Lacerda) são, respectivamente, o mocinho e o grande vilão da trama, que vivem se enfrentando. Esta situação está sendo bem desenvolvida pelo autor Daniel Ortiz e os três personagens são bem ricos.


Caíque é um médium que tem dificuldades para lidar com seu dom e sofre com isso. Ele ainda se apaixonou, sendo plenamente correspondido, por Laura (Nathalia Dill), ex-noiva do vilão. Já Marcos é um sujeito ambicioso e sempre teve inveja do carinho que a mãe tem pelo irmão. Maria Inês é uma mulher íntegra e repleta de angústias, em virtude de um amor mal resolvido do passado. Ela também sofre muito com as brigas protagonizadas pelo filhos, ambos médicos que trabalham no hospital da família.

Recentemente, foi possível ver um lado mais humano de Marcos, que até então só tinha mostrado frieza. A cena em que ele desabafa com o mordomo Escobar (ótimo Norival Rizzo) e conta que até hoje não se esquece das duas vezes que foi devolvido ao orfanato, antes de ser adotado por Maria Inês, emocionou.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Ótimas atuações, texto preciso e trama instigante foram as principais qualidades de "Felizes para sempre?"

As chamadas prometiam uma produção de grande qualidade e os dez capítulos exibidos entre 26 de janeiro e 6 de fevereiro cumpriram a promessa com louvor. Escrita por Euclydes Marinho e dirigida pelo cineasta Fernando Meirelles, "Felizes para sempre?" chegou ao fim nesta sexta-feira com um excelente e dramático capítulo, fechando o curto ciclo da microssérie, que mesclou política e relacionamentos com competência, em grande estilo.


A obra foi baseada em "Quem ama não mata" (1982), escrita pelo mesmo autor, mas apenas a essência da trama se manteve: os conflitos familiares e um crime passional. A nova história tinha a prostituta Danny Bond (Paolla Oliveira) como responsável pelas principais reviravoltas e todos os conflitos foram alterados. Já a inserção de Brasília como ambiente foi uma grande sacada para abordar as falcatruas de Cláudio (talentoso Enrique Diaz, escolha acertada de protagonista), poderoso dono de empreiteira que se envolvia em esquemas de corrupção.

E alguns personagens foram batizados com os nomes dos atores que participaram da produção da década de 80, em uma bela homenagem feita pelo autor. Os primeiros capítulos foram praticamente voltados para o casal principal, que teve seus problemas agravados depois da entrada da garota de programa.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Rivalidade entre os participantes deixa o "BBB 15" bastante atrativo

O "Big Brother Brasil" começou de forma promissora em 2015. A escolha de participantes menos esteriotipados e mais inteligentes foi benéfica para o formato. Logo na primeira semana foi possível observar que todos eram bem espertos e bons jogadores. E à medida que os dias passam, esta percepção vai se concretizando. O jogo está interessante de ser acompanhado.


A eliminação da manipuladora Fran logo na primeira semana foi péssima para o andamento do programa. Ela era uma figura chave na casa e uma jogadora nata. Seu erro foi ter confiado muito em si mesma e falado demais. Estes equívocos, somados ao poder de persuasão de Marco, que tinha informações privilegiadas pois entrou depois ---- ele viu o vídeo de Francieli dizendo que faria alianças para depois queimar todos ----, culminaram na eliminação precoce da participante.

A saída dela afetou a dinâmica do jogo, que ficou extremamente morno e monótono. Porém, não demorou muito para a rivalidade entre os jogadores voltar. E deve-se elogiar a nova interação do reality com o público, afinal, foi este fator externo que proporcionou uma nova zona de conflito.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

"Pedra sobre Pedra": um sucesso que merecia ser reprisado pelo Canal Viva

No dia 26 de janeiro, o Canal Viva começou a reprisar "Pedra sobre Pedra", grande sucesso de Aguinaldo Silva, Ana Maria Moretzsohn e Ricardo Linhares. A novela foi exibida originalmente em 1992, na Globo, e foi reprisada no "Vale a Pena Ver de Novo" em 1995. A história tinha uma trama central clássica, ao mesmo tempo que utilizava o realismo fantástico, tão presente nas obras de Aguinaldo.


Os Pontes e os Batista eram famílias rivais que travavam uma disputa política em Resplendor, cidade fictícia localizada no sertão nordestino. Na primeira fase, Murilo Pontes (Nelson Baskerville) estava prestes a se casar com Pilar Farias (Cláudia Scher), mas não contava que o amor de sua vida fosse dizer não em pleno altar. Tudo porque a mulher desconfiou que ele tinha engravidado a sua melhor amiga (Eliane - Luciana Braga). Para se vingar, Pilar se casa com Jerônimo Batista (Felipe Camargo), inimigo de Murilo, que sempre foi apaixonado por ela. E por ironia do destino, Eliane morre no parto e a protagonista acaba assumindo a criação da menina.

A segunda fase começa 25 anos depois, com Murilo (Lima Duarte) voltando a Resplendor e se reencontrando com Pilar (Renata Sorrah). O amor mal resolvido do passado ainda mexe com os dois que se enfrentam ao constatar que ambos têm um objetivo em comum: colocar o herdeiro na cadeira da prefeitura.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Paolla Oliveira: o grande destaque de "Felizes para sempre?"

Só pelas chamadas, já era possível perceber que Paolla Oliveira seria o grande destaque de "Felizes para sempre?", produção que estreou na última segunda-feira de janeiro. A atriz entrou na microssérie no final do primeiro capítulo ----- contratada pelo casal Marília (Maria Fernanda Cândido) e Cláudio (Enrique Diaz) ----- e desde então virou o foco principal da trama de Euclydes Marinho, dirigida por Fernando Meirelles. A personagem é um tipo rico e repleto de nuances, proporcionando para a sua intérprete uma sucessão de cenas difíceis.


Denise é uma mulher culta, linda, sofisticada, fala vários idiomas, toca piano, conhece música clássica, é universitária e namora uma outra mulher, com quem tem uma relação estável. Porém, ela se sustenta como garota de programa de luxo. Apelidada de Danny Bond, ela gosta de atender casais e seu preço não é nada barato. Sua principal arma é a sedução e não há quem consiga resistir aos seus encantos. Ou seja, um perfil muito bem construído e completamente diferente das várias mocinhas interpretadas por Paolla ---- vide "O Profeta", "Insensato Coração" e "Amor à Vida".

O autor resolveu criar esta personagem depois de ter conversado com uma prostituta com características muito semelhantes. Vale lembrar que Denise não existia na obra original "Quem ama não mata", de 1982, série de Euclydes que serviu de base para a criação desta produção.