sábado, 31 de maio de 2014

Reality marca o verdadeiro início da história de "Geração Brasil"

A estreia de "Geração Brasil" foi promissora e até agora a novela de Filipe Miguez e Izabel de Oliveira tem seguido um caminho interessante. Os capítulos começaram exibindo para o telespectador tudo o que aconteceu antes do concurso 'Geração Brasil'. Ou seja, os autores resolveram apresentar o prólogo da história 'voltando ao passado', aproveitando uma característica cada vez mais comum em produções da Globo. E a novela iniciou de fato quando Jonas Marra (Murilo Benício) anunciou os selecionados para o reality que escolherá seu sucessor na Marra Brasil.


A seleção foi feita justamente através de um desafio, onde os hackers teriam que quebrar um sistema de segurança e invadir o site do empresário, provando que entendem tudo de computação e tecnologia. Os dez primeiros que conseguiram foram selecionados para um reality show, onde terão que passar por provas, até restar um, que será o vencedor, assumindo uma posição de destaque na empresa. Toda esta situação serviu para centralizar o tema da novela e ainda inserir Davi (Humberto Carrão) no núcleo principal, provocando um encontro com o poderoso Jonas, além de causar uma aproximação com seus dois pares românticos: Manu (Chandelly Braz) e Megan (Isabelle Drummond). 

Os autores acertaram na condução da trama e ainda usaram com criatividade o artifício do reality dentro da teledramaturgia. Vale lembrar que "Sangue Bom" fez isso no último capítulo com a entrada da Tina (Ingrid Guimarães) no hilário "AQCP - A Que Ponto Chegamos", e "Amor à Vida" mesclou com competência ficção e realidade com a presença de Valdirene (Tatá Werneck) no "Big Brother Brasil 14".

sexta-feira, 30 de maio de 2014

"Pecado Mortal": um acerto de Carlos Lombardi e um erro da Record

A trama de Carlos Lombardi, que marcou a estreia do autor na Rede Record, após 31 anos trabalhando na Rede Globo, chegou ao fim nesta sexta-feira (30/05). "Pecado Mortal" saiu de cena depois de permanecer quase 8 meses no ar (o folhetim estreou em setembro de 2013) e, lamentavelmente, apresentou muitos problemas, terminando como um grande fracasso da emissora. Porém, muitos destes contratempos não foram de responsabilidade do autor.


Carlos Lombardi foi desrespeitado inúmeras vezes e precisou lidar com muitos percalços. Um deles foi a desistência de Mel Lisboa, que resolveu sair da novela para se dedicar à sua peça sobre a vida de Rita Lee. O autor foi pego de surpresa e precisou criar um desfecho antecipado para Marcinha, que acabou morrendo atropelada. A saída do diretor-geral Alexandre Avancini, deslocado pela emissora para dirigir uma nova novela bíblica, foi outro problema que acabou prejudicando o andamento da obra.

E para culminar, a Record resolveu mudar a novela de horário de forma súbita. Exibida às 22h30 ---- hora, aliás, que nunca era seguida, uma vez que a emissora sempre esperava o término de "Amor à Vida", na Globo, para colocar a trama no ar, que acabava começando por volta das 23h ----, "Pecado Mortal" foi transferida para às 21h15 quando a líder estreou "Em Família". O intuito, obviamente, era aumentar os índices, que andavam péssimos, mas não funcionou.

quinta-feira, 29 de maio de 2014

"Jardim Urgente" destaca Welder Rodrigues e se firma como melhor quadro do "Tá no Ar: a TV na TV"

Entre as muitas qualidades do "Tá no Ar: a TV na TV", a criatividade dos quadros é a principal delas. O programa tem se revelado uma grata surpresa e as noites de quinta-feira ficaram muito mais divertidas. Um outro ponto alto é, sem dúvida, a versatilidade do elenco. Os atores interpretam vários personagens e sempre se saem bem nas inúmeras cenas exibidas. Mas, em meio a tantos pontos positivos, é preciso destacar um quadro que virou o grande trunfo da atração: o "Jardim Urgente".


Welder Rodrigues interpreta Jorge, apresentador de um programa que fala sobre delitos e crimes cometidos por crianças. A paródia, é claro, faz um hilário deboche em cima dos formatos policialescos que estão presentes na programação de várias emissoras. Os mais assistidos pelo público são o "Brasil Urgente", na Band, e o "Cidade Alerta", na Record. O próprio ator diz que se inspira no José Luís Datena e no Marcelo Rezende para dar vida ao indignado âncora.

O quadro faz uma crítica bem-humorada a esses programas que transformam crimes e notícias desastrosas em um espetáculo, onde o apresentador sempre profere xingamentos e um discurso de indignação, com tom exaltado, em relação aos crimes cometidos.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Com uma terceira temporada eletrizante, "Revenge" comprova que ainda tem fôlego de sobra

A terceira temporada de "Revenge" terminou de ser exibida no Brasil nesta quarta-feira (28/05), no Canal Sony. A série, que estreou nos E.U.A. em 2011 e passou a ser exibida em mais de 30 países, já fazia sucesso no Brasil, mas ganhou mais telespectadores quando foi exibida pela Globo aos domingos. A emissora apresentou a primeira e a segunda temporadas, e já adquiriu a terceira ---- exibirá entre 9 e 27 de junho, no lugar do "Programa do Jô", que ficará fora do ar temporariamente.


A história criada por Mike Kelley é sobre a vingança de Emily Thorne (Emily VanCamp), que na verdade se chama Amanda Clarke e planeja destruir todos os responsáveis pela condenação injusta de seu pai (acusado de terrorismo). A trama é repleta de personagens ambíguos, incluindo a própria protagonista, que demonstra frieza e crueldade contra seus inimigos, ao mesmo tempo que expõe uma insegurança diante de seu amor de infância (Jack Porter - Nick Wechsler) e um carinho por seu leal amigo (Nolan Ross - Gabriel Mann).

Não é por acaso que a série faz sucesso no Brasil, afinal, é uma típica novela. Vale lembrar, inclusive, que "Avenida Brasil" chegou a ser acusada na época de plagiar várias situações de "Revenge". E as comparações foram inevitáveis justamente porque o folhetim de João Emanuel Carneiro tratava de vingança,

terça-feira, 27 de maio de 2014

O talento de Vanessa Gerbelli

Ela tem 40 anos, mas aparenta ter 30. É discreta na sua vida pessoal e bastante tímida. Uma atriz que se dedica aos seus personagens, mas que também sabe pintar belos quadros e ainda canta. Esta é Vanessa Gerbelli, que se destacou logo na sua primeira cena de "Em Família e vem brilhando na pele da obcecada Juliana, personagem criada especialmente para ela por Manoel Carlos.


Sua estreia na teledramaturgia foi na Globo, no ano de 2000, quando ganhou a caipira Lindinha, do sucesso "O Cravo e a Rosa", de Walcyr Carrasco. A invejosa personagem começou sem muita importância e foi crescendo a cada capítulo, mostrando que sua intérprete tinha vindo para ficar. Apesar de ter sido uma vilã, ganhou a simpatia do público e terminou a trama regenerada, ao lado de Januário (Taumaturgo Ferreira).

Após esta sua bem-sucedida estreia, participou de "Desejos de Mulher" em 2002 e em 2003 ganhou de Manoel Carlos a sua melhor personagem da carreira até agora: a Fernanda, de "Mulheres Apaixonadas". Até hoje os telespectadores se lembram da trágica morte da mãe de Salete (Bruna Marquezine),

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Segunda temporada de "As Canalhas" mostra uma nítida evolução da série do GNT

A estreia de "As Canalhas" no GNT, em 2013, foi promissora. Os primeiros episódios mostraram que a série teria boas histórias para contar, a respeito de mulheres que deixam o caráter de lado em busca dos seus objetivos. Porém, a produção foi de altos e baixos. Algumas tramas não empolgaram e a forma de apresentar o enredo cansou rapidamente. Mas, a segunda temporada, que começou a ser exibida no começo de abril deste ano, evoluiu bastante.


O principal acerto foi a mudança do formato. A fofoca feita no salão de beleza (cenário presente em todos os episódios que servia como pretexto para a protagonista contar sua história) saiu de cena e a narrativa mudou. Agora, a trama da canalha em questão já começa a ser exibida logo no início no episódio, sem maiores enrolações. E os detalhes do contexto são explicados pela própria personagem central para o telespectador, em rápidas sequências, onde ela fala com a câmera no meio de alguma cena ----- na primeira temporada isso era feito da mesma forma, só que no salão, interrompendo várias vezes a narrativa.

Esta alteração foi muito benéfica para a série, que agora flui com maior naturalidade e dinamismo. E as tramas estão bem mais interessantes, além de ter um elenco melhor escalado também. Em 2013, embora tenha apresentado alguns bons episódios, muitas histórias eram bobas demais e o desenvolvimento deixava

sexta-feira, 23 de maio de 2014

"Em Família": uma novela sem rumo

Assim como é aceitável que uma obra não mude sua essência e prejudique seu enredo para satisfazer o telespectador, também é perfeitamente compreensível que uma novela sofra modificações em prol da aceitação do público, e consequentemente do aumento dos índices de audiência. Várias tramas já sofreram deste problema e algumas conseguiram acertar com as mudanças, enquanto que outras só se prejudicaram ainda mais. O segundo caso, por exemplo, pode ser aplicado ao atual folhetim das nove da Globo: "Em Família" está sem rumo.


A última novela de Manoel Carlos vem sofrendo constantes modificações desde a sua estreia, incluindo a intervenção da Globo na aceleração da história, que implicou no encurtamento da segunda fase da trama. Tudo para tentar salvar o folhetim dos péssimos índices de audiência e da baixa repercussão. Entretanto, nada tem surtido efeito e as alterações acabaram deixando a história aparentemente sem direção e muitos personagens perdidos.

O foco principal de "Em Família" passou a ser o romance entre Luiza (Bruna Marquezine, ótima) e Laerte (Gabriel Braga Nunes, apático e inexpressivo), já previsto na sinopse. Entretanto, Maneco parece não saber o que Laerte é. Ele não é mocinho, nem vilão e nem um tipo dúbio, é apenas um sujeito obsessivo e egoísta. Parece psicótico.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Canal Viva acerta com a reprise da instigante série "A Cura"

No dia 10 de agosto de 2010, estreou na Globo uma série que viria a ser uma das melhores produzidas pela emissora: "A Cura". Escrita por João Emanuel Carneiro e Marcos Bernstein, e dirigida por Ricardo Waddingon, a trama presenteou o telespectador com uma instigante história que mesclava espiritismo, drama psicológico e suspense com precisão. E quem perdeu esta primorosa produção, tem a oportunidade de assisti-la no Canal Viva, que começou a reprisá-la às quintas-feiras, às 23h10 (horários alternativos: madrugada de quinta para sexta: 2h45 e sábado: 14h30).


A série conta a história de Dimas (Selton Mello), um jovem inseguro que cresceu sendo acusado pela morte de um amigo e que volta à sua cidade (Diamantina - MG) 20 anos depois, formado em medicina, e tentando provar que é um profissional competente e uma pessoa boa. Obviamente, enfrenta a ira dos moradores locais. E até mesmo seus familiares temem pelo rapaz, uma vez que a acusação sofrida por ele ainda está viva na memória de todos os habitantes. Somado a isso, o protagonista ainda tem um sério conflito consigo mesmo, devido ao dom que tem: sua capacidade curativa que foge à ciência. Conhecido pelos seus diagnósticos difíceis, o cirurgião tenta a todo custo esconder seu inexplicável poder; que já foi visto na cidade anos atrás através de Dr. Otto (Juca de Oliveira), causando uma grande polêmica, criando rixas entre os que achavam o médico um curandeiro e os que o chamavam de assassino.

Além de apresentar esta riquíssima trama central, a série tem uma narrativa entre o presente e o passado, que ajuda a explicar toda a história ao longo dos episódios. Isso porque Silvério (Carmo Dalla Vechia) é antepassado de Oto. O monstruoso homem explora escravos no século XVIII, usando de todo tipo de crueldade para encontrar diamantes e ouro. Entretanto, recebe o castigo que merece

quarta-feira, 21 de maio de 2014

"Me Leva Contigo": um mais do mesmo que entretém

A nova aposta da Record para aumentar a audiência das noites de sexta-feira da emissora não tem nada de nova. Apesar de Rafael Cortez, o apresentador da atração, ter dito na estreia que 'o programa era diferente de tudo o que o telespectador já tinha visto', foi possível perceber com facilidade as inúmeras semelhanças que o formato ---- de arrumar namorados para solteiras em busca de um amor ---- tem com outros produtos já vistos na televisão.


Só para citar alguns exemplos, há o quadro 'Rola ou enrola' do "Programa da Eliana" no SBT, o 'Vai dar Namoro' comandado por Rodrigo Faro na própria Record e, o programa mais lembrado e famoso do gênero: "Em Nome do Amor", apresentado por Silvio Santos na década de 90. Ou seja, não há absolutamente nada de novo no "Me Leva Contigo".

Trinta solteiras ficam no palco e cada uma tem um botão para apertar. O botão em questão serve para analisar o candidato a namorado. Se a mulher não gostar do pretendente, aperta o botão que acende a luz vermelha, que significa um 'blackout'. Tanto que o apresentador sempre fala "Se não gostar...", frase prontamente

terça-feira, 20 de maio de 2014

Irandhir Santos esbanja talento e transforma Zelão no grande destaque de "Meu Pedacinho de Chão"

O mundo dos sonhos de "Meu Pedacinho de Chão" não tem muitos personagens. O elenco da novela é bem enxuto e tem pouco mais de 20 atores. Com isso, quase todos conseguem um bom destaque, ainda que alguns não tenham a importância que merecem ---- caso de Antônio Fagundes e Emiliano Queiroz, por exemplo. Mas entre todos os personagens da novela, há um que tem se destacado muito e roubado a cena em todos os capítulos: o Zelão, interpretado pelo ótimo Irandhir Santos.


Com aparência de durão e cara de malvado, o rapaz sempre trabalhou para o Coronel Epaminondas (Osmar Prado) e fazia questão de não demonstrar nenhum tipo de sentimento por ninguém, com exceção de sua mãe Benta (Teuda Bara). Mas Zelão começou a mostrar sua essência assim que viu Juliana (Bruna Linzmeyer), professora que chegou para alfabetizar as crianças da Vila de Santa Fé. Ele se apaixonou perdidamente e não conseguiu mais disfarçar a bondade que sempre esteve presente em seu coração, que muitos achavam de pedra.

O personagem já é um tipo cativante por natureza, mas a caracterização e a interpretação do ator ajudam a chamar ainda mais a atenção do telespectador. O figurino, que mistura amarelo, vermelho e azul, é um dos mais chamativos da novela, embora as cores fortes estejam presentes em todos os perfis.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Há quatro anos, estreava "Passione": mais uma grande novela de Silvio de Abreu

No dia 17 de maio de 2010, estreava "Passione", até agora a última novela de Silvio de Abreu no horário nobre. A novela tinha como principal qualidade seu esplendoroso elenco, que apresentava grandes nomes do teatro e da televisão com personagens de destaque. A trama, dirigida por Denise Saraceni, substituiu a criticada e fracassada "Viver a Vida", de Manoel Carlos, e presenteou o publico com uma excelente história, contada ao longo de 209 capítulos.


Com o núcleo principal encabeçado por ninguém menos que Fernanda Montenegro, a novela apresentou vários núcleos, onde todos eram intercalados e repleto de dramas fortes. A empresária Bete Gouveia (Fernandona) começou a história já sabendo que seu filho não havia morrido, iniciando uma saga em busca do ente querido. E a partir desta revelação, a grande vilã Clara Medeiros (Mariana Ximenes) arquitetou um plano, com a ajuda de seu parceiro e amante Fred (Reynaldo Gianecchini), para encontrar este rapaz antes da milionária e se casar com ele, com o objetivo de herdar automaticamente toda a fortuna da Família Gouveia.

E o filho de Bete Gouveia era Totó (Tony Ramos), que vivia com sua família na Itália. Todos eram característicos italianos, abusavam do sotaque e eram muito unidos. Ele tinha uma forte ligação com os quatro filhos ---- Adamo (Germano Pereira), Agostina (Leandra Leal), Agnello (Daniel de Oliveira) e Alfredo (Miguel Roncato) ---- e com a irmã, Gemma, interpretada brilhantemente por Aracy Balabanian.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Apesar do excesso de clichês, "Segunda Dama" desperta interesse

Substituindo a impecável "Doce de Mãe" na Globo, estreou nesta quinta-feira (15/05) "Segunda Dama", série protagonizada por Heloísa Périssé, que também escreve a história, em parceria com Paula Amaral e Isabel Muniz. Com supervisão de texto de João Emanuel Carneiro e dirigida por Rogério Gomes, a trama conta a história das gêmeas Analu e Marali (Heloísa), que foram separadas ainda na infância e ao se reencontrarem, anos depois, resolvem mudar de lugar.


Logo no início do episódio, já foi possível perceber que a série aproveitará todos os clichês do gênero. Há uma gêmea rica e uma gêmea pobre, onde a rica é infeliz e a pobre é alegre, mesmo diante das dificuldades da vida. Analu é casada com Paulo Hélio (Dan Stulbach), herdeiro de um império, que sofre de TOC - Transtorno Obsessivo Compulsivo. O homem tem fixação com limpeza e morre de medo de pegar infecções --- a doença também é mostrada de forma exagerada. Morando em uma luxuosa mansão, a gêmea rica ---- que tem um filho (Gregório - João Pedro Zappa) ---- prima pela elegância e transmite frieza.

Já Marali mora em um lugar humilde, em Marechal Hermes, subúrbio do Rio de Janeiro, e transborda alegria. Desbocada e espontânea, vende sacolé na praia ao lado de sua melhor amiga, Edineia (Elizângela). As irmãs se reencontram após anos graças a Analu, que procura Marali e propõe que uma fique

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Novas reformulações amenizam erros, mas não consertam o "Vídeo Show"

Logo na estreia do novo "Vídeo Show", já foi possível perceber que as mudanças não foram nada positivas. Os bastidores da televisão ficaram em segundo plano e o programa virou quase um talk-show de um exagerado Zeca Camargo. O resultado foi a diminuição dos índices de audiência que já não estavam bons. Como do jeito que estava não dava para continuar, o diretor Ricardo Waddington começou a fazer mais mudanças, e que ainda continuam sendo feitas.


As matérias sobre os bastidores da programação da Globo voltaram a ter bem mais destaque e, por sua vez, Zeca Camargo perdeu muito espaço. Quando entrou na atração, o apresentador entrevistava artistas no palco, fazia brincadeiras e ainda tinha tempo para falar até sobre 'futilidades' com os convidados. Mas agora ele faz as chamadas de alguns quadros e aparece, de fato, apenas no terceiro e último bloco, com algum ator/atriz para uma rápida entrevista, que não dura nem 10 minutos. Até a calçada da fama --- uma das recentes novidades, onde o artista assina no cimento e deixa a marca de suas mãos --- perdeu importância. Virou 'pano de fundo' para a subida dos créditos, na hora do término do programa.

Além das alterações citadas, o "Vídeo Show" apresentou uma nova versão do 'Vídeo Game', antigo quadro comandado por Angélica. Sob o pretexto de voltar com o "8 ou 800", jogo de perguntas e respostas comandado pelo saudoso Paulo Gracindo em 1976, o programa trouxe de volta o esquema de 'game' para

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Os 20 anos da estreia de "Éramos Seis": a melhor novela produzida pelo SBT

No dia 9 de maio de 1994, estreava no SBT o remake de "Éramos Seis", dirigido por Nilton Travesso, Del Rangel e Henrique Martins, e escrito por Silvio de Abreu e Rubens Edwald Filho. Baseada na obra original, exibida pela TV Tupi em 1977, a história, adaptada do romance de Maria José Dupré, novamente fez um grande sucesso e foi a melhor novela produzida pela emissora de Silvio Santos até hoje. Recentemente, a estreia completou 20 anos e o folhetim ainda é muito lembrado pelos telespectadores saudosos.


A história era muito triste e repleta de situações emocionantes. O drama era o grande protagonista e a vida de Dona Lola, interpretada magistralmente por Irene Ravache, foi acompanhada de perto pelo público, que sofria com ela e via a luta daquela brava mulher para criar os quatro filhos, desde quando eram pequenos até a idade adulta. Entre as muitas dificuldades da principal personagem, a morte do marido (Júlio - grande Othon Bastos), o falecimento prematuro do filho mais velho (Carlos - Jandir Ferrari) --- morto na Revolução de 1932 --- e seu triste fim em um asilo foram as mais dolorosas para a guerreira Lola.

Um típico novelão. Assim era o remake, que contou com um elenco grandioso e uma produção caprichada, cujo resultado foi o ótimo retorno no Ibope. O folhetim chegava a marcar 20 pontos de audiência, incomodando a Globo e a enfrentando de igual para igual. Os capítulos iam ao ar assim que terminava

terça-feira, 13 de maio de 2014

Clara, Cadu e Marina de "Em Família": um triângulo amoroso bastante equivocado

Manoel Carlos vem enfrentando uma sucessão de problemas com sua última novela. Audiência baixa, repercussão nula, atraso na entrega dos capítulos e nas gravações, história que não consegue prender o telespectador, enfim, são muitos os percalços. E além de todas estas questões nada simples de serem resolvidas, o autor ainda se equivocou no desenvolvimento de um dos núcleos que mais prometiam: o triângulo amoroso abordando heterossexualidade e homossexualidade.


A história protagonizada por Clara (Giovanna Antonelli), Cadu (Reynaldo Gianecchini) e Marina (Tainá Muller) despertou interesse antes mesmo da novela estrear. Tanto que a própria escalação foi motivo para comentários e expectativas. O papel da Marina foi escrito para Alinne Moraes, mas a linda e talentosa atriz engravidou e precisou recusar o convite. A ótima Andreia Horta chegou a ser cogitada como substituta, mas a personagem acabou nas mãos de Tainá, que também foi uma escolha acertada.

Os três atores estão ótimos, mas o enredo envolvendo os personagens deixa muito a desejar, assim como seu desdobramento. Primeiramente se equivocaram com Clara. A personagem começou a terceira fase infantilizada demais e parecia uma boboca. Giovanna não estava à vontade no papel e isso transparecia para o público.

segunda-feira, 12 de maio de 2014

"Artista Completão": um grande erro do "Domingão do Faustão"

Na tentativa de apresentar algo novo para o telespectador, o "Domingão do Faustão" exibiu um quadro chamado "Artista Completão". O objetivo era mostrar uma competição entre atores que soubessem atuar, dançar e cantar, honrando o título da atração. Entretanto, todos os selecionados não tinham capacidade para a 'multifunção'. E segundo Fausto Silva, a ideia era justamente esta: os participantes aprimorarem suas técnicas a cada apresentação, até o vencedor ser declarado um artista completo.


Mas a boa intenção do quadro não surtiu o efeito esperado. Jonatas Faro, Juliana Alves, Aílton Graça, Luciana Paes, Rodrigo Andrade e Suzana Pires foram submetidos a situações constrangedoras e as apresentações no palco do "Domingão" eram fraquíssimas. Cada 'show' exigia do participante que ele cantasse, dançasse e interpretasse, tendo um time de bailarinos como apoio. Só que os atores não conseguiriam fazer um espetáculo digno, simplesmente porque eram inexperientes e não conseguiram aprender em tão pouco tempo.

O resultado foi um show repleto de desafinações, gritos e performances que constrangiam quem assistia. Até os jurados que participaram julgando as apresentações ficaram desconfortáveis e evitavam dizer com sinceridade o que acharam. Jonatas Faro e Juliana Alves tinham alguma experiência em dança,

sexta-feira, 9 de maio de 2014

"Doce de Mãe": chegou ao fim uma das melhores séries da Globo

A melhor série que estava no ar na Globo (e uma das melhores já feitas na emissora) chegou ao fim. Produzida pela Casa de Cinema de Porto Alegre e escrita e dirigida por Jorge Furtado e Ana Luiza Azevedo, "Doce de Mãe" teve seu último episódio apresentado nesta quinta-feira (08/05) e já está fazendo falta. A história de Dona Picucha (Fernanda Montenegro) e sua família foi contada de uma forma encantadora, onde o humor, a melancolia e o drama se misturavam com maestria. Semanalmente, o telespectador foi presenteado com um produto de imensa qualidade e que não apresentava um defeito sequer.


A produção ganhou um seriado depois dos inúmeros elogios ao tele-filme exibido em 2012, que ganhou --- através do prêmio de Melhor Atriz para Fernandona --- até um Emmy Internacional, o Oscar da televisão. A estreia da série só ocorreu em 2013, mas a espera valeu a pena. Todas as qualidades vistas no longa foram mantidas e a história ainda apresentou ótimas novidades no elenco fixo, além de participações especialíssimas que engrandeceram alguns episódios.

A trama também não exibiu nenhuma grande mudança e nem precisava. O interessante era justamente a simplicidade da história da carismática Dona Picucha e da forma como ela encarava a vida e a família. Cada conflito, cada drama familiar, cada situação engraçada, cada ironia, cada reflexão, cada emoção, cada discussão,

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Pituca e Serelepe encantam e atores mirins brilham em "Meu Pedacinho de Chão"

A emoção e a poesia estão presentes em todas as relações de "Meu Pedacinho de Chão". Até mesmo nas protagonizadas pelo vilão Coronel Epaminondas (Osmar Prado). E entre tantas situações bonitas e encantadoras, há uma relação ingênua e repleta de cumplicidade, que é vivida justamente por duas crianças: Pituca e Serelepe. A amizade dos dois é um dos pontos fortes da história escrita por Benedito Ruy Barbosa e dirigida por Luiz Fernando Carvalho.


Logo no primeiro capítulo do remake, Geytsa Garcia e Tomás Sampaio se destacaram, até porque a história é contada sob a ótica das duas crianças, o que justifica os cenários coloridos e a trama infantil. Os atores-mirins são gratas revelações e a naturalidade com que interpretam os personagens é impressionante. Os dois não declamam o texto e conseguem dizê-lo com sentimento, o que deixa as cenas leves e reais.

Aliás, os perfis são os únicos da novela que não apresentam tons exagerados, reforçando a premissa da obra, que é contada (e fantasiada) justamente por eles. Geytsa e Tomás ganharam papéis importantes e a confiança que foi depositada na dupla está sendo recompensada em todas as cenas de "Meu Pedacinho de Chão".

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Mudanças fazem bem ao "Fantástico"

O "Fantástico" não estava mais conseguindo evitar os sinais do desgaste. O engessamento do formato não ajudava a melhorar a audiência, que há tempos não é a almejada pela emissora, embora o programa continue na liderança. E aproveitando o período de renovação da Globo (que está com um novo logotipo e seus principais programas e jornais modernizaram seus cenários), o jornalístico apresentou várias mudanças no domingo do dia 27 de abril.


O cenário ficou bem mais amplo, com várias divisões, incluindo uma sala especial para convidados. O primeiro foi o técnico Felipão, que foi entrevistado por várias pessoas que sentaram ao seu redor, incluindo nomes como Maitê Proença e Murilo Rosa. Outra novidade foi a exibição da reunião de pauta do programa. Tentando incorporar um pouco de reality show, o "Fantástico" mostrou para o telespectador como os jornalistas elaboram as matérias e discutem temas. A reunião ainda contou com a participação especial do ator Thiago Fragoso, que também fez sugestões.

No segundo domingo, após as mudanças feitas, ficou claro que este será um dos principais 'quadros' da atração. Tanto que a segunda reunião de pauta filmada contou com a presença da grande Glória Pires. E esta novidade foi uma das mais interessantes, pois aproxima o público do jornalístico, expondo como a equipe

terça-feira, 6 de maio de 2014

Repleta de personagens populares, "Geração Brasil" faz boa estreia e aposta na tecnologia para conquistar o público

Com a árdua missão de reerguer os baixos índices de audiência do horário das sete da Globo (ainda que os números das seis e das nove também estejam ruins), estreou nesta segunda-feira (05/05) "Geração Brasil", substituta da fracassada "Além do Horizonte". Dos mesmos autores do sucesso "Cheias de Charme", a nova novela, dirigida por Denise Saraceni, tem a tecnologia como foco e usará este tema bastante atual para ajudar a contar a trama, que apresentou um primeiro capítulo muito atrativo.


Filipe Miguez e Izabel de Oliveira começaram contando a história de uma forma ágil e bem-humorada, dando o pontapé inicial através do núcleo de maior importância da trama, composto pela Família Marra. E o início teve a já conhecida fórmula da 'volta do tempo'. Primeiramente foi exibida uma situação do 'futuro', para depois exibirem momentos do passado (no caso, três meses antes). Jonas Marra (Murilo Benício) e sua esposa Pamela Parker (Cláudia Abreu) apresentaram os dez finalistas de uma competição lançada pela empresa do gênio da tecnologia. Gênio este que conseguiu fama, muito dinheiro e construiu um império graças ao computador popular, prático e de fácil manuseio que ele criou.

A trama gira em torno justamente do 'mito' Jonas, espécie de Steve Jobs brasileiro, cuja primeira aparição lembrou muito a de Tony Stark, do ótimo filme "Homem de Ferro". E graças ao esquema da 'volta no tempo', o público foi apresentado com mais detalhes aos personagens diretamente ligados a Jonas. Afinal, a sequência do passado mostrou uma renovação dos votos de casamento dele com a extravagante

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Com início decepcionante e final empolgante, "Além do Horizonte" era uma história certa no formato errado

Para o alívio da Globo, a novela dos estreantes Carlos Gregório e Marcos Bernstein fechou seu ciclo nesta sexta-feira (02/05). Em mais uma tentativa de sair da mesmice e ousar para apresentar algo diferente ao telespectador, a emissora aprovou a sinopse da dupla de autores que resolveu contar uma história bem diferente das comédias românticas do horário das sete. Mas lamentavelmente a ideia não funcionou e nada saiu como o esperado. O resultado foi um conjunto de erros que prejudicou o desenvolvimento da trama, ainda que tenha sido amenizado após algumas mudanças ao longo dos meses.


A premissa da história era o mistério que envolvia o desaparecimento de várias pessoas, que sumiam após a busca de um suposto caminho para a felicidade. Paralelamente a isso, havia Tapiré, uma cidade interiorana (vizinha da Comunidade onde habitavam todos os 'desaparecidos'), dominada por uma espécie de milícia, liderada por Kleber (Marcello Novaes), que amedrontava o povo espalhando boatos de uma 'besta' que vivia na mata e assassinava todos que iam até a floresta. Mas a tal besta era ele, um sujeito que não tinha pena de eliminar suas vítimas.

Ou seja, o enredo principal da novela não era nada leve e muito menos cômico, como o público do horário estava acostumado. Portanto, para prender a atenção e conquistar novos telespectadores, a história precisava envolver quem assistia através de vários conflitos, bom ritmo e ganchos interessantes. Porém, não foi o que aconteceu.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Juliana Paiva: uma atriz em franca evolução

A reta final de "Além do Horizonte" apenas comprovou o acerto da escalação de uma de suas protagonistas. A escolha de Juliana Paiva para viver a antes patricinha e agora destemida Lili foi um grande acerto e a personagem acabou virando a grande responsável pelas reviravoltas dos momentos finais, direta ou indiretamente. E os autores Carlos Gregório e Marcos Bernstein demonstraram plena confiança no talento da atriz, uma vez que escreveram inúmeras cenas importantes para ela.


E Juliana correspondeu plenamente às expectativas, encarando uma sucessão de sequências importantes com competência. Todas as vezes que contracenou com Carolina Ferraz e Antônio Calloni, por exemplo, mostrou um claro amadurecimento e fez cenas de igual para igual ---- vide a impecável sequência onde LC descobre que a filha o traía. O destaque de Lili na reta final deixou a atriz ainda mais em evidência, principalmente por causa do grau de dificuldade das cenas: todas carregadas de tensão, medo e um certo desespero. Se faltasse talento, seria uma catástrofe tanto para a trama quanto para a intérprete.

Mas no fundo os autores sabiam que poderiam confiar, já que Juliana se destacava ao longo da novela quando a mocinha entrava em desespero, quando abusava da ironia, quando enfrentava os vilões sem medo, quando protagonizava momentos românticos com Marlon (Rodrigo Simas), quando sofria, quando brigava