quinta-feira, 15 de setembro de 2011

A deselegância de Aguinaldo Silva

Que Aguinaldo Silva é ávido por polêmica todos estão cansados de saber. Ele sempre criticou tudo e todos como se fosse uma espécie de 'Deus'. Apresentadores, jornalistas, atores, diretores, e os próprios colegas autores já foram alvos de sua língua ferina. Atualmente quem vem sofrendo constantemente com acusações de plágio, vindas dele, é Walcyr Carrasco, autor de "Morde & Assopra".

Desde que a novela das 19 horas estreou que Aguinaldo vem acusando Carrasco de tê-lo copiado a partir de uma conversa que ambos tiveram em um jantar. O motivo da indignação é Dulce, vivida brilhantemente pela Cássia Kiss. A personagem tem uma história muito semelhante com a de Griselda que é interpretada pela igualmente competente Lília Cabral em "Fina Estampa".

Walcyr já admitiu que esse tipo de situação clichê é amplamente abordada em novelas, filmes e livros, ou seja, não há um responsável por essa idéia. E ele está coberto de razão.Infelizmente, Aguinaldo tem um ego do tamanho do planeta e acha que foi o inventor dessa temática.

Partindo desse princípio, Gilberto Braga também pode acusar o autor de "Fina Estampa" de copiá-lo. Afinal, a novela "Dona Xepa" (1977) retratava a vida de uma mulher batalhadora que dava tudo para os filhos e que depois era renegada por eles. Manoel Carlos,Glória Perez e mais uma penca de autores já exploraram exaustivamente essa situação.

A verdade é que Aguinaldo Silva deveria se preocupar com a sua obra que apesar de marcar excelentes índices de audiência, anda de mal a pior no quesito 'história boa pra contar'. Não é nada ético criticar, e quanto mais acusar, um colega de profissão. Silvio de Abreu, João Emanuel Carneiro, Glória Perez, Manoel Carlos e Gilberto Braga já foram duramente criticados por ele. Murilo Benício e Alexandre Borges, por exemplo, já foram alvos também.

Nas últimas semanas a jornalista Patrícia Kogut publicou uma nota zero sobre o fato de uma professora(Tania Kalill) atender o celular no meio da aula e Aguinaldo ficou furioso. Como resposta a chamou de 'crítica improvisada'.Patrícia não deixou por menos e escreveu outro texto em resposta ao autor e foi perfeita ao dizer que 'para não se discutir uma crítica, se desqualifica o crítico'. Aguinaldo sempre gostou de alfinetar todo mundo, mas não aceita sob hipótese alguma que façam o mesmo com ele.

A 'prova' que o autor diz ter contra o Walcyr é risível. Além de ter registrado o enredo de "Fina Estampa" em 2009, ele também alega que duas testemunhas o ouviram contar tudo para o colega durante um jantar. E daí?  Isso prova que ele foi plagiado? Carrasco não pode ter tido essa idéia antes uma vez que também já tinha todas as temáticas que sua novela abordaria?Claro que a imprensa e o público iriam notar as semelhanças dos enredos, portanto a melhor saída para essa história toda seria se ele dissesse que houve uma grande coinciência e que ninguém copiou ninguém. Mas o que acabou acontecendo foi um festival de grosserias e situações desnecessárias.

PS: O blogueiro deixa claro que essa é uma crítica extremamente parcial e nunca teve a intenção de evitar não ser. Obrigado.

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